MENU

BUSCA

Gastos com educação ficam 6,57% mais caros em Belém

Prévia da inflação oficial de fevereiro na capital paraense ficou em 0,69%

Camila Azevedo

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,69% em Belém no mês de fevereiro. Isso significa uma redução de 0,14% em relação à tarifa de janeiro. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e destacam que o setor da economia mais impactado no período foi o de educação, alcançando 6,57%, seguido por artigos de residência, que fecharam em 1,1%.

O IPCA tem a função de medir a variação de diversos preços que estão presentes no dia a dia do consumidor, como cesta de produtos e serviços. Além disso, o índice indica qual foi essa variação mês a mês, ou seja, quanto cada item aumentou ou diminuiu de valor. O objetivo é englobar 90% das pessoas que vivem nas áreas urbanas do país. A taxa de juros registrada é alterada tendo esses números como base.

VEJA MAIS

Alimentação e bebidas lideram inflação de Belém em janeiro; veja quais itens ficaram mais caros
Medidor oficial da inflação do país, IPCA foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Com alta de 0,83%, prévia da inflação de Belém para janeiro é segunda maior do país
Percentual é superior à alta geral do Brasil, de 0,55%, e a capital paraense só perde para Belo Horizonte, que prevê alta de 0,92% no mês

Inflação fecha com alta de 5,79% em 2022, aponta IBGE
Com o resultado, 2022 foi o quarto ano seguido em que o país teve alta de preços superior à meta estabelecida pelo governo

Consumidora sente impacto

Roberta Marinho, propagandista médica de 39 anos, é mãe de três meninos em idade escolar e de um cursando a faculdade. Para ela, os gastos com a educação são os maiores ao longo do ano. “Principalmente levando em consideração que em casa a gente paga quatro mensalidades escolares. É uma conta que afeta diretamente no custo que a gente tem”, conta.

Ainda com o desconto dado pela escola em que os três filhos mais novos estão matriculados, as contas no início do ano precisam de uma força a mais para serem equilibradas. “A gente sempre recorre ao décimo terceiro para comprar o material mais pesado e sempre parcelamos isso no cartão de crédito, dividindo a conta nos meses para frente. São seis meses pagando”, explica Roberta.

Esse ano, os gastos superaram os R$ 8 mil. “O reajuste na mensalidade foi menor do que no material, porque como são três crianças, o reajuste foi pequeno. Agora, em relação ao material escolar, eu senti, cheguei a comprar um caderno no ano passado por R$ 43 e esse ano encontrei por R$ 80, quase dobrou. Eu fui em vários locais, achei uma diferença muito grande, fiz uma pesquisa e optei por um local com menor preço”, ressalta.

Opção para economizar é riscar itens da lista

Roberta conta que, ao longo dos anos, começou a perceber o que era usado e o que não era necessário na lista de materiais escolares. “Sempre que eu pego a lista, eu vejo os materiais que voltam do ano passado, porque a escola devolve os materiais que ficam do ano, eu recebi caixas de lápis de cor intactas, então, esses que voltaram, eu exclui da lista, e sempre tem material que são sem sentido, como um lençol, que eu descarto da lista”, completa.

Veja o IPCA de fevereiro em Belém por setor

  • Alimentação e bebidas → 0,98
  • Habitação → 0,79%
  • Artigos de residência → 1.01%
  • Vestuário → 0,08%
  • Transportes → 0,03%
  • Saúde e cuidados pessoais → - 0,17%
  • Despesas pessoais → 0,50%
  • Educação → 6,57%
  • Comunicação → 0,21
Economia