Feijão e carne caem de preço e ajudam no recuo de 1,59% da cesta básica em Belém

Mesmo com nova redução, o trabalhador ainda compromete, só com os alimentos, mais da metade do salário mínimo de R$ 1.320,00, diz Dieese

Valéria Nascimento
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O valor da Cesta Básica comercializada em Belém apresentou recuo de 1,59% e custou cerca de R$ 640,11, em agosto passado. Conforme o Dieese Pará, a maioria dos produtos apresentou queda de preços, com destaque para o feijão com recuo de 10,27%, seguido da carne bovina (2,79%); manteiga (2,12%); arroz (1,84%); leite (1,24%); farinha (0,79%); banana (0,68%); e açúcar (0,35%).

Essa é a quarta redução, neste ano de 2023, e mesmo com a nova redução o novo recuo, o trabalhador paraense ainda compromete mais da metade do atual salário mínimo de R$ 1.320,00, para comprar o conjunto de alimentos básicos no Pará.

A servidora pública estadual, Tamyres Negreiros, costuma comprar alimentos para casa quotidianamente e, de fato, considera que alguns produtos apresentaram redução de preços.

“Vou quase todos os dias ao supermercado, no bairro da Tapanã, e o óleo, leite, carne e queijo, tiveram queda sim, eu comprava bem mais caro esses alimentos", observou Tamyres. 

Veja o que aumentou

Os dados da pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese Pará) foram divulgados, nesta quarta-feira (6), e apontam, também, aumento de preços de alguns alimentos, como o café com alta de 0,79%; óleo de soja (0,59%); pão (0,39%) e tomate (0,32%).

Conforme as análises do Dieese, em agosto passado, o custo da cesta básica para uma família de dois adultos e duas crianças, ficou em R$ 1.920,33.

Para comprar os 12 itens básicos da Cesta Básica, em agosto deste ano, o trabalhador paraense comprometeu cerca de 52,43% do atual salário mínimo e teve que trabalhar 106 horas e 41 minutos das 220 horas”, informa o Dieese Pará.

Comportamento dos preços, de janeiro a agosto deste ano

A pesquisa mostra que mesmo com recuos recentes, o custo da cesta básica dos paraenses comercializada em Belém ainda acumula alta de 0,10% nos oito primeiros meses deste ano, ou seja, de janeiro a agosto.

No período analisado, o Dieese também diz que a maioria dos produtos que compõem a Cesta Básica dos paraenses acumula altas de preços e em alguns casos com reajustes acima da inflação, em cerca de 2,50% para o mesmo período.

A farinha de mandioca, aponta o Departamento Intersindical, teve alta acumulada de 15,17%; seguida do tomate com alta de 6,05%; arroz (5,59%); leite (6,30%); tomate (4,98%) e a manteiga (4,70%).

Também, estão na lisa de aumulação de altas nos oitos meses deste ano, a banana (2,46%) e o pão (1,97%). Na outra ponta, cinco produtos apresentaram diminuição de preços este ano: óleo de soja com queda de 29,15%; carne bovina caiu em 7,33%; feijão (5,23%); e açúcar (3,09%).

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