Famílias de baixa renda em cidades com até 50 mil habitantes devem ter mais opção de financiamento

Entram em vigência novas formas de financiamento habitacional com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

Reuters
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Famílias de baixa renda que moram em cidades com até 50 mil habitantes devem ter acesso a mais financiamentos do programa "Minha Casa, Minha Vida" neste ano. Entraram em vigência, na última sexta-feira (8), novas condições de financiamento habitacional com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), destinado a pessoas físicas em operações individuais ou ligadas a empreendimentos. Entre as novidades, a Caixa Econômica Federal (CEF) aumentou o valor de imóveis financiados para as faixas 2 e 3 do programa habitacional, que compreendem famílias que recebem, respectivamente, entre R$ 2.601 e R$ 4 mil por mês e entre R$ 4.001 e R$ 9 mil.

Com teto ampliado para as duas faixas, nas cidades de 20 mil a 50 mil habitantes o valor máximo do imóvel a ser financiado passou de R$ 100 mil para R$ 130 mil nas regiões Norte e Nordeste. Nas cidades com menos de 20 mil moradores, o teto do financiamento passou de R$ 95 mil em todas as regiões para esses mesmos valores. Paralelamente, a instituição elevou o valor do subsídio para a faixa 2 em cidades de até 20 mil habitantes, passando de R$ 10.545 para R$ 11,6 mil no caso de quem tem renda familiar bruta de até R$ 1,8 mil.

Na opinião do presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon), Alex Carvalho, as novidades representam uma ótima conquista para o setor imobiliário paraense. "O índice de eficiência no percentual utilizado dos valores disponíveis do programa aqui no Estado eram muito baixos, não era uma boa condição de mercado. Agora os municípios de menor porte serão mais alcançados, e temos um número significativo deles aqui no Pará. É uma excelente conquista para os paraenses", opinou. Para ele, a medida também vai ser positiva economicamente, já que o Minha Casa, Minha Vida foi um dos grandes responsáveis pela performance do setor em 2018, segundo ele. "Mesmo que os investimentor para habitação seja menores neste ano, acho que essas novas regras podem trazer equilíbrio".

Da mesma forma, o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis 12ª Região (Creci), Jaci Colares, apoia as condições de financiamento para o programa. "É uma ótima oportunidade para adquirir um imóvel, acho que os paraenses serão beneficiados, com juros mais baixos e muito mais acesso. A tendência é melhorar o cenário habitacional neste ano", adiantou.

Em nota, a Caixa Econômica informou que as novas condições permitirão ao banco consumir todo o orçamento disponível para este ano no financiamento de moradias para a população de baixa renda. “Com essas regras, a Caixa está com capacidade plena para atender a demanda por moradia no mercado imobiliário e aplicar todo o orçamento disponível para 2019, promovendo o aquecimento da economia, gerando empregos e rendas, além de contribuir para a redução do déficit habitacional do país”, destacou o banco no comunicado.

Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), hoje o Brasil possui déficit habitacional de 7,75 milhões de moradias. O dado tem como base a Pesquisa Nacional Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já no Pará, o déficit habitacional na área urbana chega a 263.473, enquanto na rural é de 147.324. As informações são da Secretaria Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional, que integrou o Ministério das Cidades, pasta antes responsável pelo programa "Minha Casa, Minha Vida".

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