Escolha por bancos digitais cresce entre pessoas acima de 59 anos

Geração 'Baby Boomer' relata desafios na adaptação, mas a praticidade nos serviços atrai os consumidores

Emilly Melo
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Um dos objetivos principais das novas tecnologias é facilitar as tarefas do dia a dia. Entretanto, as gerações lidam de formas distintas com a frequente transformação digital, que atravessa diversas áreas, inclusive a financeira. Com os avanços tecnológicos e a facilidade em ter acesso a vários serviços financeiros na palma da mão, apenas 25% das pessoas acima de 59 anos — classificadas como geração Baby Boomer — mantêm o hábito de ir até uma agência bancária para movimentar sua conta, conforme aponta uma pesquisa realizada pelo Serasa.

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Apesar da dificuldade em utilizar o celular, a artesã Sônia Penna, de 64 anos, revela que, atualmente, já realiza a maioria dos serviços bancários por aplicativo. “Eu pago conta, boleto, passo Pix, faço transferências, até jogo na Mega Sena. Para mim, foi uma mão na roda porque faço sem sair de casa, tudo pelo celular ”, revela a artesã, que destaca a praticidade em usar o banco digital.

Assim como Sônia, Maria José Alves, de 77 anos, também relata que deixou de ir com frequência às agências e prefere resolver tudo pelo telefone por conta da praticidade e rapidez. “A gente ganha tempo, até para ir no banco a gente demora mais, tem que esperar lá até ser atendida. Já com o celular, não. Então, eu estou muito satisfeita.”

Adaptação

A principal queixa relatada pelos Baby Boomer é o principal impasse é na adaptação com a interface dos aplicativos digitais. Quando começou a movimentar a sua conta pelo celular, Sônia afirma que passou por algumas dificuldades. “Minha adaptação foi lenta porque eu não sabia usar muito o celular, mas, com o tempo fui adquirindo o costume”, conta Sônia.

Por outro lado, os serviços digitais ainda são uma barreira para alguns idosos, que classificam como complexo o manuseio dos smartphones, sendo essa uma das principais razões para Maria Silva, de 71 anos, por exemplo, preferir os “meios tradicionais”. Sempre que precisa realizar alguma movimentação, Maria se desloca até uma agência bancária. “Eu acho que no banco é mais seguro do que no aplicativo, principalmente porque já tentaram me aplicar golpe três vezes”, ressalta Maria.

“Quando eu preciso receber dinheiro, vou no caixa eletrônico, e sempre vou acompanhada. Eu tenho muita dificuldade em mexer no celular, não faz muito tempo que eu uso celular, por isso tenho medo de mexer”, conclui Maria Silva.

De acordo com a pesquisa, 65% dos consumidores acima de 59 anos costumam usar o Pix no dia a dia. Desacelerando em todas as gerações, o hábito de sacar dinheiro permanece para 64% dos idosos.

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