Empresários do Pará aderem a plataformas de recompensas e descontos
Consumidor se interessa cada vez mais por pontos que viram todos os tipos de prêmios, milhas para viagens, descontos especiais ou o tão falado cashback, mas números do Norte ainda são baixos
Os programas de recompensa existem desde os primórdios do capitalismo, mas nos últimos anos se tornaram ferramentas para empresas fidelizarem os clientes cada vez mais disputados com a era digital. Pontos que viram todos os tipos de prêmios, milhas para viagens, descontos especiais ou o tão falado cashback (plataforma que devolve ao cliente uma parte do dinheiro que ele gastou). As ofertas se multiplicam diante de um consumidor que está ganhando intimidade com os sistemas de recompensa disponíveis no varejo.
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Os pontos mudaram a vida pessoal e a dinâmica de negócios do paraense Jorge Afonso. Proprietário de uma agência de viagens na capital paraense, Jorge colocou seu estabelecimento para funcionar em torno do programa de milhas. “Maioria dos clientes nos procuram para comprar passagens utilizando pontos que eles ganharam utilizando cartão de crédito. Por exemplo, cinquenta mil pontos é igual a mil reais na maioria das companhias aéreas. Esses clientes acumulam e depois nos procuram”, diz o empresário, que também vive o lado de quem consome através de pontos.
“Como cliente eu participo de vários programas de pontos, clubes de milhas também, algo que cresceu muito nesses últimos anos. Já viajei com minha família para vários países apenas utilizando pontos. Miami, Buenos Aires, Salvador foi a última. Já foi mais acessível, viajamos no primeiro voo direto Belém-Miami somente utilizando três mil pontos, o voo era exclusivo para clientes de programas de pontos. Hoje já não é possível, a bolha dos pontos estourou. Hoje você consegue uma passagem a partir de 20 mil pontos em média”, diz Jorge, que costuma acumular de 8 a 10 mil pontos por mês com o pagamento de seu cartão de crédito.
Região Norte
Dados sobre o uso de plataformas de recompensas e descontos no Brasil mostram a predominância da região Sudeste, onde está concentrado metade desse tipo de consumo no país. A região Norte fica com 6%. Pode parecer pouco, mas também mostra potencial para um significativo crescimento.
“Não vejo mais o meu negócio e os meus hábitos de consumo sem os programas de pontos, eles são a realidade hoje. Aqui no Pará as principais empresas estão conseguindo criar estas iniciativas, oferecendo uma série de vantagens aos clientes. Isso fideliza o cliente e o deixa mais exigente, afinal de contas as ofertas crescem e ele vai escolhendo a melhor opção. As empresas estão constantemente disputando a atenção deles”, diz Jorge.
Recompensa pode ser renda extra
Os programas de recompensas também podem ser uma forma de alcançar renda extra. O Instituto Real Time Big Data aponta que quase metade da população (48%) declara buscar alguma renda extra para lidar com as despesas mensais.
“As plataformas de recompensas são excelentes para impulsionar a autonomia das pessoas no processo de decisão de compras, uma vez que é possível adquirir produtos, serviços e até ganhar dinheiro por meio da troca de informações de consumo com as empresas”, explica Fabiane Quero, gerente de Negócios do MeSeems, plataforma de recompensas que oferece pontos que podem virar dinheiro quando o usuário responde a 10 pesquisas.
“Entendemos que todos nós, enquanto seres humanos, precisamos nos sentir motivados para realizar as atividades do cotidiano, principalmente porque vivemos acelerados, cumprindo tarefas. No caso das plataformas de recompensas, como as pessoas precisam dedicar um tempo especial para contribuir com suas informações pessoais e experiências, os benefícios são extremamente importantes para que tenham oportunidades de desconto ou compras. As pessoas se sentem mais comprometidas quando existe uma relação de troca com o serviço que estão usando. A ideia é que todos saiam ganhando”, pontua Fabiane.