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Dia do Carteiro demarca o início dos Correios no Brasil

A rotina e atribuições dos trabalhadores ainda são pouco conhecidas da população

Abílio Dantas/ O Liberal

Hoje, dia 25 de janeiro, é comemorado anualmente o Dia do Carteiro. A data foi criada em alusão ao dia em que foi instituído o cargo de Correio-mor da Monarquia Portuguesa no Brasil, em 1663. Desde então, a realidade do mercado de correspondências no Brasil passou por diversas mudanças, até chegar ao momento atual, em que o Projeto de Lei (PL) 591/21 propõe a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, mais conhecida apenas como Correios. O texto-base foi aprovado no dia 5 de agosto de 2021 na Câmara dos Deputados e está atualmente na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

O economista Eduardo Costa classifica o setor dos carteiros como um dos mais importantes para a sociedade mundial. De acordo com ele, com a expansão das tecnologias da informação, com a ampliação das compras por meio eletrônico, os trabalhadores responsáveis pela entrega de correspondências reafirmam sua importância. “Com a pandemia e o maior uso da internet, o volume de compras que chega pelos Correios vêm aumentando significativamente. É um setor que tende a crescer e ficar mais dinâmico, com o aprimoramento do setor logístico nessa área. A abertura do mercado para outras empresas é uma tendência inexorável nos próximos anos”, afirma.

Com 10 anos de trabalho nos Correios, em Belém, o carteiro Mayco Emmanuel Athayde Bezerra, de 33 anos, acredita que a rotina e as atribuições dos carteiros deveriam ser mais conhecidas da população brasileira. “A modalidade carteiro entrega tanto carta quanto cartão, encomenda, pacote, é muito variado. O que chega nas Unidades de Distribuição passa pela triagem feita pelos próprios carteiros à tarde, quando ocorre o ordenamento, e pela manhã ocorrem as entregas”, explica.

Segundo Mayco Athayde, entre as dificuldades do exercício da profissão, está a numeração irregular das casas nos logradouros públicos. “É algo que atrapalha muito o nosso trabalho. Existem muitas residências com número repetido, por exemplo. Outra coisa que acontece bastante é um logradouro com a maior parte da numeração disposta corretamente e, de repente, aparece um número completamente fora da ordem. É preciso que isto seja revisto pelas administrações públicas, que haja interesse. É muito ruim passar por isso”, reclama.

Mayco Athayde destaca também a figura do carteiro como um personagem querido em diversas comunidades do Brasil, em cidades de todas as regiões. “Há carteiros com mais de 30 anos de profissão, que conhecessem os residentes de uma rua por nome, que almoçam na casa dos clientes. A relação social é muito diversa. Sobretudo em locais de periferia, onde a numeração costuma ser mais complicada, como disse, acho importante que o carteiro seja mantido nas mesmas áreas ao longo do tempo, para que conheça o local mesmo com os problemas”, completa.

A formação dos carteiros no Brasil, ainda segundo Mayco Athayde, é outro ponto que considera pouco conhecido da população. “Existem carteiros com graduação, carteiros com mestrado, careteiros especialistas, outros com pouco estudo, que entraram em períodos anteriores aos concursos públicos. Há várias situações em relação a instrução formal. É muito diversa a classe dos carteiros”, conclui.

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