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Dia de Finados movimenta comércio informal nos cemitérios de Belém, mas vendas ainda estão baixas

De acordo com vendedores, movimento ainda não recuperou os números de antes da pandemia

O Liberal

O Dia de Finados movimenta ainda mais o comércio informal ao redor dos cemitérios de Belém, principalmente para a venda de velas e flores. Apesar de aumentar o número de visitantes nesses locais, vendedores se queixam do faturamento, que ainda não chegou ao patamar de antes da pandemia.

Maria Solange da Silva Costa, por exemplo, trabalha na frente do cemitério São Jorge há mais de 40 anos. "No passado era melhor da gente trabalhar, porque a gente trabalhava com Sorriso, hoje em dia não tem mais, é mais as flores do Sul, que estão sendo muito caras para a gente e a gente perde freguês com essa arrumação, porque eles não querem e está tudo caro", disse, afirmando que este ano as vendas estão muito fracas. .

Para Maria Solange, outra situação que leva ao baixo movimento é o fato dos portões do cemitério passarem a maior parte do tempo fechados. "Agora que abriu. A vela tá saindo, não muito, mas aos poucos", disse a trabalhadora informal, que costuma vender de três a cinco caixas do produto. "Porque vem muito vendedores e eles abatem as vendas. Eu esperaria que fosse ótimo pra todos nós, mas pelo que eu estou vendo desde ontem vai ser devagar, porque ontem o portão fechou meio dia. Amanhã, vai fechar com certeza duas horas ou três horas da tarde. Geralmente, as pessoas deixam para vir na última hora e quando chegam o portão está fechado", completou.

Trabalhando com a venda de velas, Ramila Gonçalves de Alencar também se queixa do fraco movimento. "Compramos de dez a quinze pacotes, mas está saindo muito pouco, e o pessoal reclama dos preços. Esses dias mesmo a gente comprou só dez pacotes de vela. Da pandemia pra cá ficou fraco. Antes da pandemia estava muito bom, a gente comprava umas duzentas caixas de vela", disse. 

Preços

De acordo com levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), na frente dos cemitérios, a unidade da rosa está sendo comercializada com o preço médio de R$ 5,33. Já as flores tradicionais como o Sorriso de Maria, Crisântemos e o Galho de Monsenhor são encontradas com custo mais alto, variando entre R$ 5 e R$ 6.

Nas floriculturas, a unidade da rosa está sendo comercializada com valores entre R$ 10 e R$12. Já o buquê com seis rosas está sendo vendido a R$ 111,25, podendo ser encontrado com preços variando entre de R$ 90 a R$ 130. O buquê com 12 rosas é encontrado a R$ 165 com preços variando entre R$ 140 a R$ 190.

A pesquisa do Dieese/Pa constatou também que o valor da vela nas portas dos cemitérios oscilam entre R$ 6 a R$ 8, o pacote com 8 unidades, dependendo da marca e do tamanho. Já nos supermercados, o preço varia de acordo com a marca, peso e o tamanho, ficando entre R$ 3,90 a R$ 14,90 o pacote. As velas de 7 dias estão custando entre R$ 6,30 a mais de R$ 15.

Economia