Dia das Mães ainda não mobiliza consumidores de Belém
Lojistas já esperavam esse comportamento de deixar para cima da hora a compra do presente; pagamento no quinto dia útil também influencia
Faltando pouco mais de uma semana para o Dia das Mães, que será comemorado no próximo domingo (12), a movimentação no centro comercial de Belém ainda está fraca. Isso porque, segundo os lojistas, é comum que os moradores da capital paraense deixem as compras para a última hora, até para pesquisar os melhores preços. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas), Joy Colares, a estimativa do setor é de que, neste ano, as vendas sejam entre 4 e 5% maiores que em 2018.
O especialista ainda afirmou acreditar que o fluxo maior de pessoas deve se iniciar somente na próxima semana, considerando que as empresas tendem a efetuar o pagamento dos funcionários até o quinto dia útil do mês. "Neste fim de semana as lojas já devem ficar movimentadas, mas acreditamos que a economia vai ser aquecida mesmo a partir da próxima quinta-feira (9)", adiantou. Entre os itens que devem ser comprados para as mães no comércio belenense, os principais são, nesta ordem:
- Roupas e confecções
- Acessórios - incluindo bolsas, sapatos e bijuterias
- Perfumes
- Produtos de casa.
Para Antônio Carlos, gerente de uma loja de eletrodomésticos do comércio de Belém, após o último feriado, na Semana Santa, o fluxo de pessoas em busca dos melhores itens tem aumentado. A expectativa, segundo ele, é de que esse movimento cresça ainda mais ao longo da semana, impulsionando as vendas em cerca de 20% a mais que o mesmo período do ano passado. Para que a meta seja alcançada, a equipe comercial realiza uma promoção, com parcelas de até 15 vezes. “Esperamos mais pessoas buscando nossos itens nos próximos dias. A promoção incentiva muito o movimento”, comentou. Historicamente, os produtos mais comprados na loja no Dia das Mães são televisões, liquidificadores e ferro de passar roupa.
Parado
Já para Fátima Aleixo, vendedora de um estabelecimento de sapatos, o centro comercial inteiro está parado. Na avaliação dela, a situação é uma consequência da economia brasileira, que ainda não foi recuperada. “O desemprego está muito alto, as pessoas não têm renda e não podem comprar. Não está tendo movimentação pela baixa condição financeira das famílias mesmo. Inclusive, muitas pessoas vêm até aqui procurar emprego, e não comprar”, contou.
Entre os consumidores que buscam maneiras alternativas para presentear a mãe sem gastar muito, a autônoma Yuri Kamada, 38 anos, vai dividir os brindes com as irmãs e familiares. “Nessa época de Dia das Mães, a melhor forma de economizar é fazer apenas uma surpresa e reunir as mães da família. Dividindo entre algumas pessoas não sai tão pesado”, argumentou. Quando ao produto escolhido, Yuri decide se vai comprar um relógio ou uma bolsa, e ainda pesquisa os melhores preços.
A auxiliar administrativa Adriana Miranda, 42, por outro lado, acha que não tem como economizar no Dia das Mães. Apesar de ainda não ter comprado o presente, vai optar por um perfume. “Minha mãe ama, é uma fã de perfumes e colônias, então vou fazer a vontade dela. Nem penso em poupar dinheiro, porque qualquer valor vale a pena para as mães. Não vou escolher pelo preço, mas, sim, pelo que for agradá-la”.