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Demanda por material escolar cresce em Belém

Pais aproveitam início do ano para antecipar compras para a volta às aulas

Fabrício Queiroz

No primeiro dia útil do ano, o movimento no centro comercial de Belém era tranquilo e a maioria das lojas de confecções, calçados e variedades estava fechada. Em compensação, os estabelecimentos focados em itens de papelaria atraíram um bom público de pais e crianças em busca de materiais escolares para o início do ano letivo. A antecipação das compras foi uma das estratégias adotadas para evitar o sufoco e as filas ao longo do mês.

Para ela, a presença do filho pode acabar elevando alguns gastos já que a criança prefere escolher itens oficiais com personagens de filmes e séries. “Vai ficar um pouco mais caro, mas resolvi dar pra ele esse poder de escolha. Ele coloca no carrinho e eu analiso o que vou levar. Pretendo levar os cadernos licenciados, mas canetas e outros materiais vou ver em outras lojas”, disse Carolina.

Já o técnico de celular Fábio Gomes, 37, também esteve no comércio, porém com o objetivo de fazer todas as compras de materiais para as gêmeas de 11 anos e a mais jovem de 7 anos de uma única vez. “As aulas delas começam em fevereiro, mas a gente se antecipou porque depois vai ficar mais caro ainda. Fora que depois que o pessoal voltar das férias, vai ficar mais lotado, vai ter mais transtorno, filas grandes e como são três crianças, a gente não pode perder de vista”, conta o pai, que considera que o gasto com educação nesse período é válido.

“O gasto vai ser bem elevado, mas trouxe elas pra escolher a vontade. O importante é elas estarem bem e terem o material que elas precisarem até porque incentiva a ir pro colégio”, acrescentou.

Assim como a disposição de pais e responsáveis, a expectativa do setor também está em alta para a volta às aulas em 2023. De acordo com Silvana Calado, que atua no setor de compras da loja, as vendas estão aquecidas desde o final do ano passado e tendem a continuar nesse ritmo. “Desde novembro a gente já vem percebendo os pais procurando a loja e fazendo pesquisa, inclusive muitos já fazendo a sua compra da lista escolar. Agora no final de dezembro e hoje (1º) intensificou bastante o movimento”, analisa a funcionária da rede que possui cinco lojas em Belém e Ananindeua.

Silvana diz ainda que os cadernos são os produtos mais procurados nessa época, por isso o estabelecimento investiu na maior variedade para atrair os clientes. E o retorno tem sido positivo, apesar dos reajustes observados no último ano. “A maioria dos fornecedores aumentou muito, em torno de 10% a 15%. Teve material que aumentou até 30%, principalmente na parte de papel, mas a gente tentou segurar o máximo para não repassar para o consumidor todo esse percentual e dar uma ajuda porque teve aumentos grandes”, afirma.

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