Consumidores vão às compras no feriado
Algumas lojas já se preparam para a Black Friday, data de promoções celebrada sempre em novembro

A movimentação de consumidores nas ruas de Belém estava moderada nesta terça-feira (2), feriado do Dia de Finados. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas), Joy Colares, já havia adiantado na segunda-feira que as lojas do centro comercial da capital não deveriam abrir, embora o funcionamento estivesse liberado das 8h às 18h. Já as lojas dos shopping centers de Belém poderiam ficar abertas das 11h às 21h, conforme acordo da categoria.
Em um dos shoppings da capital, visitado pela reportagem, o fluxo de clientes era leve na tarde desta terça. Especializado em livros e artigos de papelaria, um estabelecimento do terceiro piso tinha uma grande placa de promoção, mas as atendentes explicam que é uma área que sempre está disponível no local. “Pela manhã, o movimento foi bem fraco, agora já estamos vendo alguns clientes circulando”, diz Tayane Silva. “Esperamos vender bastante em novembro e dezembro, e até no início do ano, porque trabalhamos com material de volta às aulas”, afirma a vendedora Milane Almeida.
A professora Belúcia Souza, de 52 anos, e a autônoma Cristina Souza, de 47, foram até o shopping para pagar contas, mas viram que havia promoção em uma das lojas e acabaram fazendo algumas compras de artigos de cama, mesa e banho. Elas dizem que acabaram sendo “atraídas” pelas placas que mostravam os descontos. Após as compras, elas foram para casa aproveitar o restante do feriado.
Já a aposentada, Heloísa Rodrigues, de 65 anos, foi até o shopping com Keila Machado, de 42. As duas foram em busca de um presente de aniversário para o filho de Keila, de 15 anos. “Viemos fazer o cadastro em uma loja e, enquanto não fica pronto, estamos dando uma volta”, conta Heloísa. Já Keila explica que quer presentear o filho com um notebook e por isso acabou não entrando em muitos estabelecimentos. “Vim decidida sobre o que iria comprar. Fiz a pesquisa e na internet está mais barato, então fiz o cadastro e agora vou comprar online”, diz.
Black Friday ainda não começou, mas deve aquecer vendas
Como o mês de novembro está apenas começando, ainda não há muitas empresas estampando promoções relacionadas à Black Friday, data americana que passou a ser celebrada pelo comércio brasileiro, em que muitos produtos entram em oferta. Neste ano, os descontos caem no dia 26, última sexta-feira do mês, como de costume.
O empresário Roberto Melo, dono de uma franquia de loja de roupas, no entanto, já começou a atrair os clientes com uma grande placa amarela que mostra os percentuais de descontos nas peças vendidas. “Estou apostando tudo. Toda a loja está em promoção, com exceção da nova coleção, que ainda não tirei das caixas e vai ficar lá em cima até vendermos tudo daqui. Estamos postando nas redes sociais desde domingo e tenho expectativas positivas”, ressalta. Roberto espera que as vendas sejam 10% maiores que no mesmo período do ano passado.
Neste feriado, o empresário não achou o shopping muito lotado, mas destaca que houve um bom movimento de consumidores dentro da loja. O objetivo é recuperar os prejuízos gerados pela pandemia da covid-19. Com o fechamento do estabelecimento por conta das medidas restritivas, Roberto viu sua mercadoria se deteriorar, e agora está tendo gastos extras, levando sapatos para o conserto e as camisas para lavanderias. Antes mesmo disso, ele já vinha enfrentando impactos da crise econômica no Brasil: das seis lojas das quais era proprietário, só há uma aberta.
“O comércio passa o ano esperando o Natal, é o período que mais vende. Geralmente, em anos normais, junho, julho e agosto são meses bons para venda, mas em 2021 não foi assim. E setembro e outubro foram piores que em 2020. Então a nossa esperança é conseguir vender tudo em novembro, com a Black Friday, e em dezembro, na época do Natal”, adianta.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA