Consumidores do Pará economizam no Mercado Livre de Energia e exploram novas oportunidades em 2024
No Brasil, existem duas maneiras principais de os consumidores adquirirem energia elétrica: pelo Ambiente de Contratação Regulada (ACR), onde as concessionárias fornecem energia a preços regulados, e pelo Ambiente de Contratação Livre (ACL), o mercado livre de energia, que gerou uma economia recorde de R$ 48 bilhões em 2023.
Na quinta-feira (7), a Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia) divulgou dados sobre os consumidores de energia elétrica no mercado livre: uma economia recorde de R$ 48 bilhões em 2023. No Pará, essa tendência também se destaca, com 856 unidades consumidoras já atuando no mercado livre e outras 268 planejando migrar em breve, segundo dados da associação.
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Dentro deste grupo, 89 optaram por ingressar no mercado livre no primeiro bimestre de 2024 e 257 são consumidores de menor porte, que podem migrar para a modalidade graças a uma portaria do governo federal publicada em setembro de 2022, que permitiu a todos os consumidores ligados a alta tensão usufruir do mercado livre.
Uma mudança significativa no mercado ocorreu no início deste ano, quando as pequenas empresas passaramm a ter a liberdade de escolher de quem comprar energia, eliminando a distribuidora intermediária do processo. Esse movimento representou uma abertura para novas oportunidades e um maior controle sobre os custos de energia.
Principais diferenças
No Brasil, existem duas maneiras principais de os consumidores adquirirem energia elétrica: pelo Ambiente de Contratação Regulada (ACR), onde as concessionárias fornecem energia a preços regulados, e pelo Ambiente de Contratação Livre (ACL), o mercado livre de energia.
No ACL, os consumidores têm a liberdade de negociar diretamente com os fornecedores e escolher suas fontes de energia. Embora inicialmente não seja acessível às residências, o mercado livre beneficia comércios e indústrias que operam com alta tensão (Grupo A), que necessitam de voltagem acima de 2,3 quilovolts (kV).
A partir de janeiro de 2024, o Grupo A começou a poder negociar preços e estabelecer contratos com fonte e prazo, representando uma mudança significativa nas dinâmicas de fornecimento de energia. Anteriormente, as regras de migração eram limitadas a grandes consumidores, como indústrias com demanda acima de 1.000 quilowatts (kW) ou 500 kW. No entanto, desde setembro de 2022, a portaria do governo federal ampliou o acesso ao mercado livre para todos os consumidores ligados em alta tensão.
Do grande ao pequeno
Essa abertura oferece oportunidades para diversos tipos de negócios, incluindo padarias, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais, que agora podem usufruir dos benefícios do mercado livre de energia. No entanto, para os consumidores em baixa tensão, como residências e áreas rurais, o sistema de compra de energia permanece inalterado, com a necessidade de adquirir eletricidade da distribuidora local.
Além disso, é importante destacar que a partir deste ano, os contratos de fornecimento de energia elétrica no mercado livre terão prazo indeterminado, proporcionando maior flexibilidade e estabilidade para os consumidores.
Neste contexto de mudanças e oportunidades, o Pará se destaca como uma região onde os consumidores estão explorando as vantagens do mercado livre de energia elétrica, economizando recursos e encontrando novas formas de gerenciar seu consumo de energia.