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Congresso discute biodiversidade e biotecnologia para Amazônia

Evento acontece até sexta-feira (12), no Hangar Centro de Convenções, em Belém

Valéria Nascimento

Promover o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação sem perder de vista a economia limpa, ou seja, a proteção dos recursos da floresta e das comunidades tradicionais. Este e outros desafios para o desenvolvimento da região amazônica pautam o 2º Congresso Brasileiro de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia, de âmbito nacional, aberto nesta terça-feira (9) e até sexta-feira (12), em Belém.

Embora a cerimônia de abertura tenha ocorrido na noite desta terça-feira (9), desde a manhã de segunda-feira (8), o Congresso realiza atividades técnicas, a exemplo da visita à Ilha do Combu, para que participantes conhecessem o ecossistema e a cadeia produtiva de cacau e chocolate amazônico 100% orgânico, desenvolvida por moradores da ilha, a exemplo de Izete Costa, mais conhecida como dona Nena.

O presidente do Congresso, professor doutor Sandro Percário, destacou, entre outras questões, as oportunidades econômicas que podem gerar parcerias entre a sociedade, a academia, o setor público e o setor produtivo.

Rede de parceiros

Coordenador-geral do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Rede (PPG BioNorte), Sandro Percário enfatizou o esforço institucional coletivo para a articulação da rede de parceiros. 

Ele comentou que o evento aborda temas como nanotecnologia e conservação, biologia sintética, produtos naturais, entre outros, repercutidos por pesquisadores para maximizar a geração de conhecimento da tecnologia, com responsabilidade.

Diretor do Departamento de Ciências da Vida e Desenvolvimento Humano e Social, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Fábio Donato Larotonda comentou sobre a importância de se ampliar no contexto amazônico os resultados científicos e tecnológicos que podem ser utilizados pela indústria e contribuir para a melhor utilização dos recursos naturais, permitindo a geração de empreendimentos sustentáveis e consolidando a bioeconomia da região.

Produtos para a economia sem descuidar dos ecossistemas

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, da Universidade Federal do Pará, Maria Iracilda Cunha Sampaio, também compôs a mesa de abertura do Congresso. Ela representou a UFPA.

"Um evento como este é um desafio grande, mas ele não poderia ser mais oportuno para esta região. Eu lembro que esta rede foi delineada, no ano de 2008, pelo professor Spartaco Astolfi (professor emérito da Universidade Universidade Federal do Amazonas), justamente para se trabalhar a biodiversidade na região amazônica de uma forma biotecnológica, no sentido de gerar produtos para a economia a partir da biodiversidade, mas também pensando nos ecossistemas", concluiu a pró-reitora.

O evento tem mais de 1.500 inscritos, que submeteram trabalhos científicos a serem apresentados durante o Congresso, que acontece no Hangar Centro de Convenções.

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