CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Compra no carnê cresce mais de 30% em dois anos no Brasil; no Pará, modalidade ganha adeptos

Cartão de crédito ainda é o preferido pelo consumidor, mas modalidade tradicional ressurge

Abílio Dantas/Redação Integrada de O Liberal
fonte

Apesar de o cartão de crédito ser a modalidade de crédito mais utilizada pelo consumidor brasileiro, o crediário ainda é adotado por uma parcela significativa da população. Segundo pesquisa feita pelo birô de crédito Multicrédito, antigo Telecheque, houve um crescimento de 34% na utilização de boletos nos últimos dois anos. A pesquisa foi realizada ao longo do ano passado com 120 mil consumidores, de 9 mil pontos de vendas do Brasil.

Para empresários do setor de comércio, no Pará, o aumento da utilização de crediário também ocorreu no Estado, embora ainda não haja levantamento de dados regionais. A principal razão apontada para explicar o movimento é o alto risco de inadimplência causado pelo uso de cartão de crédito. É o que afirma Joy Colares, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas).

"A utilização do cartão de crédito está sendo desestimulada. Isso ocorre pelo fato de o cartão criar no consumidor uma sensação de que não está havendo um gasto quando é efetuada uma compra, o que pode ocasionar o descontrole das finanças", alerta.

Para Colares, o crediário é uma opção boa tanto para o comerciante quanto para o consumidor. "É bom para o vendedor, pois ele se torna apto a financiar a si mesmo com juros baixos. E é ainda vantajoso para o cliente, também por conta dos juros, que são bem menores que em outras formas de crédito", reflete.

Em 2019, segundo o Banco Central, a taxa de juros do cartão rotativo subiu de 285,4% ao ano, em dezembro do ano passado, para 286,9%, por exemplo. O crediário, por outro lado, pode acumular por lei, no máximo, uma taxa de 42,58% ao ano, entre juros e multas.

É tendência

Cecília Athayde de Oliveira, empresária e membro da Associação dos Lojistas do Boulevard Shopping (ALBS), também acredita no crescimento da forma de pagamento no Estado. "O crediário é, de fato, uma tendência em função da retração do mercado que ainda persiste. Os lojistas estão usando inúmeros artifícios para manter as vendas, inclusive o aumento do parcelamento das compras", informa.

O economista José Correa utiliza seus conhecimentos acadêmicos também na hora de fazer compras. Para ele, o uso do crediário tem sido recorrente pelas vantagens que proporciona. "Eu gosto da possibilidade de adquirir um bem sem comprometer a renda do crédito. Das vezes que usei, parcelei o pagamento em cinco parcelas, sem juros. Por isso, acho que é mais vantajoso, para evitar dívidas", relata.

Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada neste mês pela Federação do Comércio do Estado do Pará (Fecomércio-Pa), a quantidade de cidadãos que possuíam algum tipo de dívida teve aumento de 10%, passando de 41% para 51%, entre fevereiro de 2018 e o mesmo mês neste ano.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱

Palavras-chave

Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA