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Com ICMS fixo a partir de hoje, gasolina em Belém vai ficar mais cara

No Pará, o aumento estimado é de R$ 0,14, na bomba, mas pode variar em cada posto

Amanda Martins

Começou a valer nesta quinta-feira (1º), o reajuste para os combustíveis motivado pela mudança na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) fixo de R$ 1,22 por litro em todos os Estados brasileiros. No Pará, o aumento será em torno de R$ 0,14 e incidirá diretamente no preço cobrado ao consumidor. A notícia não agradou os belemenses, que tiveram que se depararam com os novos valores na manhã desta quinta-feira ao abastecerem os carros. Resta agora pesquisar para descobrir o melhor local onde comprar a gasolina e o etanol, já que os preços podem variar de acordo com a bandeira dos postos,.

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No posto da Duque de Caxias próxima a Lomas Valentina o valor da gasolina também estava no valor de R$ 5,19; o etanol, dez centavos mais caro, custando R$ 4,79.

O motociclista David Carlos Torres lamentou que o salário mínimo do brasileiro não acompanhe a elevação do preço dos produtos, como por exemplo, o da gasolina. “O que ganhamos [de dinheiro] ainda precisamos dividir com outras despesas. O que nos resta é rodar dentro e fora da cidade procurando outras alternativas de combustiveis”, complementou. 

Já no posto de gasolina na Avenida Duque de Caxias, próximo ao Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, a gasolina estava dez centavos mais cara, custando R$ 5,29; já o etanol permaneceu custando R$ 4,69.

O motorista de aplicativo Edmilson Barros, de 55, que parou no posto para abastecer disse que foi pego de surpresa com o reajuste do valor da gasolina. “Eu abasteci dois dias atrás aqui e não estava esse preço, aumentou bastante”, reclamou.

Edmilson pontuou que "o transporte hoje é básico e de extrema importância”. Para ele, o novo preço não irá apenas mexer no “bolso” dos motoristas em geral, mas para quem é passageiro e quer se deslocar, e que “todos são prejudicados”. 

Fernando Amorim, de 50, trabalha como motorista também e precisa diariamente ir e voltar do município Castanhal. “Essa é a primeira vez que abasteço com aumento, porque ontem estava R$ 4,99 e hoje, é com uma diferença de R$ 30 a 40. Tem outros postos que são mais em conta, mas receio de vir adulterado, só resta o consumidor aceitar”, lamentou.

Posicionamento 

Em conversa com o Grupo Liberal, o porta-voz do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Sindicombustíveis) do Pará, o advogado Pietro Gasparetto, afirmou que as alterações em vigor, referente ao novo cálculo do ICMS para a gasolina e o etanol, já estavam previstas desde ano passado.

Segundo ele, antes, o ICMS era calculado por meio da aplicação de uma alíquota sob uma base de cálculo que era um valor fixado por cada Estado, e por isso, “era diferente para cada unidade da Federação”.

“A partir de agora as alíquotas vão ser uniformes em todo o país e específicas, ou seja, em reais por litro, o que deve acabar com a diferença de alíquotas entre os Estados e a chamada Guerra Fiscal”, explicou o advogado.

Pietro pontuou que, apesar das alterações começaram a valer no dia 1º de junho, muitas pessoas já estavam reclamando que as distribuidoras elevaram o valor mesmo sem o reajuste ter entrado em vigor. 

“Não é possível fazer uma estimativa de quanto de combustível vai custar ao cliente, porque existem outros aspectos que incidem no preço final do combustível além do imposto”, afirmou o advogado, acrescentando que a Petrobras também alterou a política de preço, que trouxe mais incerteza ao mercado.

“Essas oscilações decorrentes do aumento de imposto não tem relação com a atuação das empresas, nem sequer são dos seus interesses", finalizou.

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