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Círio e datas comemorativas impulsionam vendas e movimentam o setor de floricultura em Belém

Apesar da queda nas vendas no segundo semestre, eventos como uma das maiores festas religiosas do país impulsionam a procura por flores e decoração.

Jéssica Nascimento
fonte

Romantismo, fé e tradição movem o setor de floricultura em Belém. Mesmo com os desafios de transporte, conservação e oscilação de preços, datas especiais como o Círio de Nazaré garantem fôlego ao comércio. É o que afirma Gérson Nogueira Filho, microempresário à frente da Floricultura Fina Flor Estação Capuchinhos há 14 anos.

Um primeiro semestre florido

De acordo com Gérson, o setor de floriculturas apresenta melhores resultados no primeiro semestre, puxado por datas como o Dia das Mulheres, o Dia das Mães e o Dia dos Namorados

“Essas são as datas mais fortes para a gente. O segundo semestre dá uma caídazinha”, revela o empresário.

O carro-chefe nas vendas continua sendo a tradicional rosa vermelha

“O povo é romântico mesmo”, comenta, destacando que o simbolismo da flor continua sendo um dos principais motivos para sua popularidade.

Círio de Nazaré aquece o mercado

Se o segundo semestre costuma ser mais morno para o setor, o mês de outubro traz uma exceção importante: o Círio de Nazaré. A festividade religiosa impulsiona a procura por flores para decoração, principalmente em ambientes que recebem a imagem peregrina de Nossa Senhora.

“Durante o Círio, a procura por flores e decoração aumenta de 20% a 30%”, afirma Gérson. 

Entre as mais pedidas estão as flores brancas e amarelas, como rosas e pétalas utilizadas nas homenagens à santa

image Gérson Nogueira Filho. (Foto: Cristino Martins)

A floricultura se prepara antecipadamente para o período: “Na segunda quinzena de setembro, a gente já aumenta um pouquinho mais nossos pedidos”, explica.

Finados e as flores na porta do cemitério

Embora seja uma data associada a flores, o Dia de Finados não representa grande impacto para quem tem loja física fora do entorno dos cemitérios

“As vendas são bem concentradas na porta do cemitério”, comenta Gérson, explicando que a movimentação é mais intensa para vendedores ambulantes que se posicionam estrategicamente nesses locais.

Preço das flores e desafios do setor

O ano de 2025 trouxe aumentos expressivos nos preços das flores, resultado de fatores como transporte e clima nas regiões produtoras, principalmente em São Paulo

“A flor sobe, desaparece, e a demanda continua. Mas a produção diminui”, relata o empresário.

As flores mais acessíveis, como os crisântemos, custam entre R$ 7 e R$ 8 por galho. Já as mais caras, como lírios e orquídeas, podem chegar a R$ 350 por vaso.

Além dos preços, a conservação das flores é um dos grandes desafios do ramo

image (Foto: Cristino Martins)

“Nosso clima não ajuda. Elas são muito sensíveis. Já vêm sofrendo de onde vêm e aqui a gente tem que cuidar”, explica Gérson, que utiliza câmaras frias e técnicas específicas para manter os produtos frescos.

Novidades e expectativas

Apesar das dificuldades, o setor segue inovando. Novos arranjos, materiais e estilos de buquês estão entre as tendências que chegam principalmente de São Paulo, principal fornecedor da Floricultura Fina Flor Estação Capuchinhos.

Segundo Gérson, os clientes estão cada vez mais exigentes: “Eles querem ideias novas, cestas diferentes, bem trabalhadas. Buquês com materiais diferenciados.”



 

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