Chuvas fazem dobrar o preço do mamão e do abacate, no Ver-o-Peso
Acerola e abacaxi também devem encarecer, de acordo com feirantes, devido à escassez dos frutos na época de chuvas intensas
Acerola e abacaxi também devem encarecer, de acordo com feirantes, devido à escassez dos frutos na época de chuvas intensas
O período chuvoso que marca os primeiros meses do ano, em Belém, deve encarecer o preço de algumas frutas comercializadas na capital paraense. De acordo com vendedores que trabalham na área do Ver-o-Peso, mamão e abacate estão praticamente 100% mais caros do que no período de safra. Por outro lado, frutas regionais, como manga, devem baratear e atrair consumidores nas próximas semanas, devido à grande oferta.
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Na área de frutas da feira, o abacate estava sendo comercializado a R$ 5,00. A tendência é de subida nas próximas semanas, segundo Anderson. Ele comenta sobre o impacto do volume de chuvas crescente na capital paraense, em seu negócio: “Atrapalha bastante. Porque durante a chuva, o cliente não encosta, né? Tem que esperar passar a chuva e torcer pra dar uma cessada”, explica o comerciante.
“Agora vai começar a dar muita manga, cupuaçu, bacuri, pupunha, ingá, que são as frutas da nossa região”, explica Anderson Corrêa, feirante há 28 anos no Ver-o-Peso.
Em compensação, frutas regionais como a manga devem baratear consideravelmente. “A gente vende a manga em torno de 5 reais, o quilo. Agora, no tempo dela, é 2 reais. A gente chega a vender até no paneiro, devido a ter muitas frutas”, diz o vendedor. “O cliente sempre vai atrás do que está mais em conta. Se é para tomar uma abacatada, eu podendo comprar uma manga para fazer um suco de manga, o cara vai comprar manga, né?”, reflete, sobre a substituição que alguns consumidores fazem entre os frutos.
A aposentada Sandra Dantas, 57 anos, estava fazendo as compras semanais de frutas no Ver-o-Peso. Além do mamão e do abacate, ela percebeu aumento no preço da goiaba: “Era de cinco, seis reais, agora já tá sete, oito [o quilo]”, informou. Apesar da inflação, a consumidora afirma que não deixa de comprar as frutas de sua preferência, independentemente de safra ou entressafra.
“Começou a aumentar tudo, né? Teve o aumento do salário mínimo, aí começou a aumentar tudo quanto é o preço”, diz a consumidora.
O conselheiro tutelar Alex da Silva, 44 anos, veio de Ananindeua, cidade onde reside, para fazer uma pesquisa de preços. De acordo com ele, a economia não foi possível: “Eu percebi que o abacate, o mamão e a laranja estão mais caros”, observou. No entanto, ele acredita que o valor elevado dos frutos pode representar maior qualidade: “Às vezes você paga para um produto mais caro, mas vale a pena”, finalizou Alex.