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Celulares compatíveis com 5G custam entre R$ 1.400 a R$ 11.500; saiba se vale a pena comprar

Economista alerta que preços devem cair nas próximas semanas e população deve avaliar real necessidade antes de fazer um novo gasto

Daleth Oliveira
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A conexão 5G está disponível em Belém desde a última sexta-feira (7), entretanto, nem todos os moradores da capital paraense têm acesso por conta dos aparelhos incompatíveis com a tecnologia. Entretanto, para atualizar os celulares, a população precisa desembolsar entre R$ 1.400 a R$ 11.500, de acordo com levantamento feito pelo Procon-SP, com base na lista de aparelhos registrados pela Anatel.

Atualmente, são 84 modelos fabricados por diversas marcas que são homologados para essa tecnologia: Apple, Samsung, Motorola, Xiaomi, ASUS, Realme, TCL, Nokia, Lenovo e Zebra. A lista com os modelos está disponível no site da Anatel. A homologação é pré-requisito ao uso e à comercialização do produto no Brasil.

Para quem deseja fazer o upgrade, o economista Nélio Bordalo afirma que o momento ainda não é favorável para a compra de um novo aparelho pois, nos próximos meses, os celulares deverão ficar mais baratos.

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“Como a tecnologia empregada nos celulares 5G é diferente dos celulares de gerações anteriores, realmente os preços dos novos aparelhos são superiores, enquanto que os celulares incompatíveis com a faixa de frequência 5G irão realmente baratear ainda mais com o passar dos meses. Lembrando que logo que os celulares ficaram disponíveis no Brasil, anos atrás, os preços dos aparelhos também eram elevados, e com o passar do tempo, os preços foram se adequando a demanda do mercado. Então, certamente os preços dos celulares com tecnologia 5G irão baratear a médio prazo”, avalia o especialista.

Por enquanto, o mercado de celulares 5G deve se concentrar nas pessoas de  média para alta renda, considera Bordalo. “Boa parte dos consumidores vai continuar utilizando celulares sem a nova tecnologia, principalmente por optarem por aparelhos e serviços mais adequados a sua renda, e esse tipo de consumidor pode considerar os aparelhos e serviços 5G como supérfluo em seu orçamento mensal”, completa.

“Outro fator importante é que os serviços de internet com faixa de frequência abaixo de 5G, irão continuar funcionando normalmente, portanto os consumidores não precisam comprar imediatamente celulares para 5G, esse transição na compra dos novos celulares irá acontecer de acordo com a necessidade de cada pessoa e de acordo com a possibilidade financeira e condições oferecidas pelas lojas e operadoras”, finaliza Nélio.

Vale a pena?

Em uma loja de Belém, a professora Thays Assis fez o upgrade de seu aparelho, desembolsando o valor de R$ 2500. Para ela, o custo se trata de investimento. “Para mim é melhor ter uma conexão mais rápida. Além do meu trabalho em sala de aula, também atuo no censo demográfico do IBGE, então será muito útil ter acesso à nova tecnologia que fortalece a interação de forma simultânea e mais rápida”, comentou.

Na mesma loja, o supervisor de transportes Francisco Dario disse que até gostaria de adquirir um novo aparelho, entretanto, por não morar na capital paraense, vai esperar mais um pouco. “Como eu moro em Santarém, não vale a pena para mim fazer esse gasto agora. Eu uso o mesmo aparelho há três anos, mas na hora de comprar um novo, certamente não vou dar importância à conectividade porque onde moro mal funciona o 4G”, falou.

Para o engenheiro de computação e doutor em engenharia elétrica, com ênfase em telecomunicações, pela Universidade Federal do Pará (UFPA), o professor Leonardo Lira Ramalho, a decisão de comprar um aparelho com 5G ou não deve ser baseada no uso pessoal e condições financeiras de cada usuário.

“O 4G já atende bem para serviços como navegação WEB, pesquisas, uso de aplicativos, redes sociais e Whatsapp para boa parte da população. Então, na minha opinião, se o usuário precisa trocar o aparelho por qualquer motivo que seja, é interessante buscar um com o 5G para evitar outro investimento no futuro próximo. Se ele tem condições de comprar um aparelho novo para ter uma melhor experiência, por exemplo, para assistir vídeos ou rotear a internet para sua casa ou trabalho, com o 5G ele terá acesso a internet de melhor qualidade. Porém, na minha opinião, se o usuário não tem condições de comprar um novo aparelho no momento e acredita que já é bem atendido com o 4G para os serviços que usa, não vejo razão para ele se preocupar em logo comprar um aparelho 5G. Nesse caso, ele poderia continuar usando o 4G e aguardar um pouco mais de tempo até que o novo aparelho caiba no seu orçamento. A tendência natural é que o valor dos smartphones com 5G caia com o tempo”, considera Leonardo.

Apesar disso, o professor destaca que há casos em que a troca é indicada. “Quem usa seu celular para realizar reuniões online, jogos online ou trabalhar com transferência de um grande volume de dados, o 5G irá melhorar a experiência de uso da rede. Porém, o 4G muitas vezes já atende a boa parte dessas necessidades. Então, o usuário deve fazer uma avaliação das suas necessidades e de sua condição financeira para colocar na balança na hora de escolher comprar um novo aparelho apenas por causa do 5G”, pondera.

Leonardo reitera que desde a chegada da novidade em Belém tem recebido muitos relatos de instabilidade na rede 5G e falta de cobertura em vários locais da cidade. “Essas questões serão tratadas no futuro próximo pelas operadoras. Mas o usuário deve estar atento antes de comprar um aparelho, para evitar surpresas de não haver rede 5G ou ter instabilidade nos locais onde pretende utilizar a rede”, finaliza.

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Economia
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