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Ceasa do Pará participa de pesquisa da Unicamp sobre desperdício de alimentos

Objetivo é avaliar onde as perdas são mais intensas para apresentar soluções

O Liberal
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As Centrais de Abastecimento do Pará (Ceasa-PA) estão entre as 14 centrais brasileiras que participam do projeto de pesquisa da Universidade de Campinas (Unicamp), em parceria com a Associação Brasileira das Centrais de Abastecimentos (Abracen), para avaliar o desperdício e a forma da distribuição e comercialização dos hortifrutigranjeiros. As informações foram divulgadas pela Agência Pará.

Em formato de formulário com 25 perguntas opinativas e dissertativas, a pesquisa é fruto do projeto de pós-graduação do pesquisador Dag Mendonça, com orientação da Dra. Andréa Leda Ramos de Oliveira, por meio do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação (Nepa).

O desperdício de alimentos nas cadeias horti de frutas e hortaliças nos países desenvolvidos é maior nas etapas da produção agrícola, 20% dos quais na colheita, 8% no transporte e 15% no processamento e distribuição. No varejo, o desperdício de alimentos em todo o mundo é de cerca de 15% em média, mas pode ser maior nos países em desenvolvimento e chegar a 35% nas regiões da África Subsaariana.

Pesquisas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), apontam que, globalmente, entre 14% (quando considerados alguns elos da cadeia de valor) e 30% (quando considerados todos os elos da cadeia de valor) dos alimentos produzidos do mundo são perdidos ou desperdiçados a cada ano.

Segundo Dag, as Ceasas possuem um papel fundamental na distribuição de alimentos na área atacadista de hortifrutigranjeiros e é importante conhecer e compreender se a cadeia logística utilizada pelos permissionários está associada aos níveis de desperdícios, e, com isso, se indicar condições mais adequadas que ajudem a tonar essa cadeia logística com níveis menores de desperdício.

Pará

Dag Mendonça explica que é essencial a participação de todos os agentes nesta ação e a Ceasa do Pará tem um papel fundamental, enfatiza o pesquisador. “É considerado um entreposto de grande comercialização e distribuição e está localizado numa grande metrópole, com volume de comercialização expressivo, e ainda, possui fatores amazônicos importantes”, ressalta.

 “É relevante dizer que os permissionários são agentes públicos e com isso podem ajudar na construção de uma logística mais adequada à cadeia sustentável que hoje é a preocupação em todo o planeta. É preciso aprender com as repetições para se poder avançar em grandes ações que ajudem a inibir o desperdício de alimentos, especialmente neste momento de pandemia pela qual passa o mundo”, enfatiza o pesquisador.

A pesquisa apresenta cinco produtos perecíveis como base no formulário: alface, tomate, laranja, mamão e batata, por serem os mais consumidos pela população na cadeia de hortifrutigranjeiros. As respostas serão analisadas através de um software que utiliza a metodologia de mineração de dados, que é a técnica de aprender com as repetições, identificando as transações mais comuns e sinalizando essas transações no banco de informações da cadeia logística. Além da análise multicritérios, que informa as práticas mais importantes para se evitar o desperdício.

Toda a questão, diz o pesquisador, está na cadeia logística que envolve operacional, tecnologia, comercial e gestão. “E aqui podemos exemplificar o tipo de transporte, as câmaras refrigeradas, a prática de estocagem”, diz ele, ao reforçar que as boas práticas e condutas das diferentes dimensões da cadeia logística de distribuição e comercialização promovem a redução nos níveis de desperdício de produtos hortifrutigranjeiros.

Fundamental

Para o presidente das Centrais de Abastecimento do Pará, José Scaff Filho, o projeto chega em momento oportuno, pois reforça os estudos que apresentam a necessidade de implantação dos projetos sociais no complexo. "O trabalho da Unicamp, em parceria com a Abracen, chega no momento em que estamos buscando implementar o nosso Banco de Alimentos, ter estes dados sobre desperdício é fundamental para dar ainda mais subsídios para este projeto tão importante, que tem como objetivo, justamente, evitar o desperdício e levar alimento para quem tem fome."

Dag Mendonça, além de pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação (Nepa), também é pesquisador do Laboratório de Pesquisa em Logística e Comercialização Agroindustrial - Logicom, laboratório de pesquisa da Federação de Trabalhadores Agricultores (Feagri), coodenado por sua orientadora, Andréa Leda Ramos de Oliveira.

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