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Canto das Flores ainda sofre com o impacto do último lockdown em Belém

Debora Soares

A florista Izete Santiago, 63, proprietária do Canto das Flores, teve seu empreendimento diretamente impactado pela pandemia. Comerciante de rua, ela vê no projeto Continue Vendendo uma forma de voltar aos tempos de grande comercialização e sucesso de vendas.

O cuidado e a paixão pelas flores é uma herança na família de Maria Izete, passada a três gerações, a avó passou para a mãe que, por sua vez, a ensinou a arte e o prazer em cuidar das plantas. Mas foi o irmão Iran Ferreira, 45, que a incentivou a montar o seu próprio negócio. “Eu tinha muitas plantas em casa e o meu irmão me orientou a pegar as que eu já tinha, comprar novas e iniciar meu próprio negócio que ia dar certo. Ele pegou o local, inicialmente na calçada, e eu investi o dinheiro que recebi da indenização do meu último emprego em compras dos materiais, equipamentos e novas plantas e montei o Canto das Flores”, afirma Izete.

Há três anos, Izete montou uma barraca na calçada e, aos poucos, foi comprando o material necessário para atender a todas as necessidades de seus clientes. Quando pôde retomar as vendas e montar a tenda novamente, após o lockdown, ela decidiu atravessar a rua e sair da calçada, como forma de dar mais saúde às plantas que diariamente pegavam sol naquele espaço reservado a ela. 

O canteiro se tornou o ambiente ideal tanto para a dona quanto para as plantas por ser um local de grande circulação de vento, sombrio, sem a necessidade de armar a tenda todos os dias e agora as plantas não sofrem mais com o sol intenso. Lá, a empreendedora vende os mais variados produtos de jardinagem, desde equipamentos de podas à plantas diversificadas, ornamentais, mudas e até plantas medicinais.

 

PANDEMIA

A chegada da pandemia no Pará transformou a vida de toda a população causando graves prejuízos emocionais, físicos e financeiros. E com os micro e pequenos negócios não foi diferente. Esse setor precisou se reciclar para tentar sobreviver diante da crise econômica gerada pela Covid-19. Izete é uma das pequenas empresas que até hoje não conseguiram se reerguer depois da reabertura do comércio de rua a partir do dia 30 de março, em que o governador do Pará decretou a liberação do setor. “Antes da pandemia desse coronavírus, estava dando muito certo o meu negócio. Eu tinha uma freguesia muito grande, mas aí veio o lockdown e atrapalhou bastante. Eu escolhi a Pedreira justamente por ser um local de fluxo muito intenso para alavancar as minhas vendas, mas hoje, com o distanciamento, as pessoas quase não param mais na minha banca, principalmente porque minha freguesia, na grande maioria, é de pessoas idosas igual a mim. Estou tendo mais despesas do que lucros ultimamente. E tem dia que nem vende”, lamenta a florista 

 

O PROJETO

O projeto “Continue Vendendo” do Grupo Liberal foi pensado justamente para auxiliar pessoas como a Izete que tiveram seus empreendimentos fortemente impactados pelas restrições de combate ao novo coronavírus e resistem até hoje pela perseverança e  determinação de seus donos.

A divulgação de negócios e comércios locais, é uma forma de incentivar os microempreendedores e apoiar os pequenos negócios, fomentando a economia local e ajudando na retomada do mercado econômico do Pará.

Serão divulgados serviços e produtos das mais diferentes áreas do mercado estadual, que estão com dificuldades para se reerguer neste novo cenário mundial, compartilhando novas e excelentes práticas criadas por cada profissional. 

“O projeto Continue Vendendo é uma ótima saída para pessoas como eu que não têm recursos financeiros para divulgar o seu trabalho. A divulgação é a alma do negócio! Agora quero só agradecer a Deus, em primeiro lugar, e ao Grupo Liberal por essa oportunidade a mim concedida”, comenta Izete.  

A florista se preocupa em ter que fechar seu empreendimento e não ter outra forma de se sustentar. “Se fechar não tenho outro meio de sobrevivência”, afirma a empreendedora. 

 

SERVIÇO

 

Os micro e  pequenos empreendedores que se interessarem deverão realizar inscrição até o dia 05 de junho, através do portal oliberal.com/continuevendendo. Todas as pessoas cadastradas passarão por análise e avaliação e as que tiverem seus registros contemplados aparecerão nos jornais O Liberal e Amazônia e portal OLiberal.com. A divulgação acontecerá até o dia 30 de junho, seguindo a ordem  que as inscrições forem recebidas.

Economia