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Reajuste salarial: entidades sindicais apontam avanços nas negociações com Governo do Pará

Já foi assegurado reajuste de 10,5% nos salários dos servidores, com projeto de lei já enviado para a Assembleia Legislativa do Estado do Pará

Eduardo Laviano

Sindicatos presentes na mesa de negociação da campanha salarial dos servidores do Estado avaliaram a reunião da tarde desta terça-feira (8) como "positiva", apesar de não haver ainda acordo final sobre o reajuste dos salários, já que as entidades almejavam um aumento de 24,49%, referentes às perdas inflacionárias entre 2019 e 2022. Por enquanto, o governo do Pará concedeu 10,5%, com projeto de lei já enviado para a Assembleia Legislativa do Estado do Pará. 

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"Só nesse ponto que ainda não houve acordo definitivo, tendo em vista que o conjunto dos servidores ainda tem uma perda de 14% no período do governo Helder. Seguimos debatendo a possibilidade de avançar no reajuste. Consideramos importante a mudança para mais de 66% do vale alimentação, que é positivo para os servidores do serviço público numa região em que a cesta básica é uma das mais caras do Brasil", afirma Cleber Rezende, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-PA).

Rezende lembrou que outro ponto que ainda seguirá sendo debatido será a contagem do tempo de serviço, que são responsáveis por gratificações ao longo de triênios e quinquênios para os servidores. Segundo ele, o movimento sindical reiterou a necessidade desta contagem e a garantia de pagamentos a partir de janeiro de 2022, um ponto que ainda está em estudo junto com a Procuradoria Geral do Estado. O presidente celebrou a garantia de que o auxílio alimentação continuará sendo pago mesmo quando os trabalhadores estiverem de licença de saúde, licença prêmio ou de aperfeiçoamento. Houve ainda o estabelecimento de um compromisso por parte do Banco do Estado do Pará de elevar o prazo de quitação de créditos consignados de 150 para 180 meses, bem como a abertura de financiamento imobiliário, hoje disponível somente para militares. 

Já as demandas envolvendo o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Pará ficarão para uma audiência que será realizada no próximo dia 16. De acordo com Valdo Martins, presidente da Federação dos Servidores Públicos do Estado, a conversa das entidades com o chefe da Casa Civil, Iran Lima, foi "extremamente positiva". "Dos 13 pontos apresentados, um apenas não pode ser atendido pelo governo. Dois serão debatidos, outros dois foram atendidos parcialmente e o resto foi, de fato, acatado. Vamos continuar a negociar para ver como o governo pode repor essas perdas salariais ao longo do tempo", conta.

A reportagem de O Liberal entrou em contato com o Governo do Estado para que a instituição comentasse a reunião, mas não recebeu resposta. 

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