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Busca por intercâmbio saindo do Pará cresce até 60%; veja destinos mais procurados

Em empresas sediadas em Belém, pacotes mais comuns custam entre R$ 6 mil R$ 10 mil. O principal interesse de quem viaja é complementar o currículo.

Elisa Vaz

A busca por intercâmbios para fora do país voltou a crescer após o fim das restrições provocadas pela pandemia da covid-19 ao redor do mundo. Os paraenses não ficam de fora e têm se aventurado por vários destinos para realizar sonhos e adquirir experiências.

Em agências de turismo ouvidas pela reportagem e que oferecem pacotes de intercâmbios saindo de Belém, o crescimento em 2022, na comparação com 2021, variou de 20% a 60%, dependendo da empresa. Alguns destinos são mais comuns, como o Canadá e os Estados Unidos, mas, depois que surgiu a crise sanitária, países da Europa têm ganhado destaque por não haver exigência de visto.

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Toda a vivência no continente foi um “presente para o futuro e para os estudos”, na opinião de Fernanda. Isso, para ela, vai ser um diferencial no seu currículo. “Hoje em dia, com o mundo tão globalizado e te permitindo fazer contato tão rápido além da fronteira, você saber se comunicar em outra língua te diferencia dos demais, principalmente, quando falamos do inglês. Ter domínio e segurança do idioma te coloca à frente”, opina.

Quem está viajando agora para um intercâmbio na Europa é a estudante Ana Nogueira, de 23 anos, que é formada em relações internacionais e está fazendo mestrado em fashion communication pelo Instituto Marangoni London, em Londres, na Inglaterra. Suas aulas começaram no início de fevereiro e vão até final de abril de 2024.

“Eu queria ter a experiência de morar fora do país e de crescer profissionalmente. Acredito que, por conta da pandemia, todos nós passamos por um período de estagnação, e esse período sem poder fazer nada me motivou a buscar novos rumos profissionais”, relata. Na opinião de Ana, essa nova formação, feita em outro país, abrirá portas no mercado de trabalho.

A escolha por Londres se deu porque a cidade é referência na área de mestrado da estudante. Ela conta que a experiência está sendo “indescritível" e de um “enriquecimento sem igual”. “Todo dia é dia de aprendizado, seja ele linguístico ou cultural. Os benefícios, sem dúvida, são a melhora no inglês e a vivência - no meu caso, de morar sozinha pela primeira vez”.

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O custo do intercâmbio depende de vários fatores, como a escola de preferência, a duração do curso, o tipo de ensino, a acomodação, as passagens, o tipo de quarto, a alimentação inclusa ou não, entre outros. Cada estudante precisa calcular tudo isso para chegar a um valor final e, nas agências, não há um preço base definido para cada destino, já que cada cliente tem suas preferências nos pacotes.

No geral, na IE Intercâmbio, a média de uma viagem de quatro semanas, incluindo curso, acomodação e taxas, com destino para Malta, fica em torno de R$ 10 mil. Já na STB, os custos de um intercâmbio para curso de inglês de duas semanas, com acomodação em residência estudantil, na Inglaterra, por exemplo, sairia a partir de R$ 6.300.

Segundo as duas gerentes ouvidas, existem alguns destinos com melhor custo-benefício. Por exemplo, para cursos de idioma, pela IE, Malta tem bons preços, porque não há exigência de visto, e, para especialização, Canadá e Irlanda podem sair mais em conta.

Na STB, por sua vez, o melhor custo-benefício é para Inglaterra e Malta, também por causa do visto - mas, quem já possui as permissões, Estados Unidos e Canadá são bons concorrentes.

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O ideal, segundo Jordana e Márcia, é se programar o quanto antes. Foi o caso de Fernanda Hage, que fez intercâmbios na Itália e na Inglaterra. Para conseguir viajar e morar em dois países durante dois meses, a intercambista precisou fazer sacrifícios, economizando e pesquisando as melhores opções.

“Percebi que, às vezes, gastamos com tanta besteira no nosso dia a dia e, com isso, comecei a poupar desses supérfluos e colhi os frutos quando viajei”, relembra.

A escolha dos destinos, no entanto, não teve relação com os preços, já que não variava muito de uma cidade para outra. “O que interferiu nesse sentido foi que, como eu queria fazer italiano, escolhi a Inglaterra para o curso de inglês por ser mais perto. Outras opções eram Estados Unidos, Canadá e África do Sul, mas, sendo Inglaterra e Itália, consegui fazer um ‘combo’”.

A dica de Fernanda é pesquisar, desde os locais até a duração da viagem, além de procurar uma agência de intercâmbio, porque as empresas oferecem os melhores caminhos e ainda viram um suporte durante a viagem.

Ana Nogueira diz que o seu intercâmbio foi um investimento e, por isso, programado no longo prazo. “Meus pais, financiadores do investimento, guardaram dinheiro por anos para poder me custear em um país com uma moeda tão valorizada como o Reino Unido", lembra.

"A dica é: faça bastante pesquisa antes de fechar qualquer pacote, procure tudo sobre o país de destino (inclusive moeda, língua, costumes e cultura) e se programe para um período, financeira e mentalmente, pois o processo é uma aventura sem igual. Além disso, feche com uma agência que lhe passe confiança e segurança”, completa.

Países mais procurados por paraenses

  • Canadá
  • Inglaterra
  • Estados Unidos

Países mais em conta para paraenses

  • Malta
  • Canadá
  • Irlanda
  • Inglaterra
  • Estados Unidos

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