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Brasil tem o maior percentual de famílias endividadas desde janeiro de 2010, aponta CNC

Em abril, houve uma alta de mais de 10 pontos percentuais em comparação ao mesmo período do ano passado, alcançando 77,7% de famílias com contas a vencer

O Liberal
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O Brasil registrou o maior percentual de famílias endividadas desde o início da série histórica, em janeiro de 2010. É o que mostra a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada nesta segunda-feira (2). As informações são da CNN Brasil.

Houve uma alta de mais de 10 pontos percentuais no índice de endividamento em abril deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando agora 77,7% de famílias com contas a vencer. Entre as dívidas, estão prestação de imóvel ou carro, compras parceladas no cartão de crédito ou empréstimo pessoal.

Durante o levantamento, 17,8% dos entrevistados se declararam muito endividados, patamar atrás apenas do registrado em julho de 2011. Esse resultado surge em meio a um cenário com a inflação e a taxa de juros em dois dígitos.

Ainda de acordo com a pesquisa da CNC, 21,5% das famílias chegaram ao fim do quadrimestre entre janeiro e abril com mais de 50% da renda comprometida com o pagamento de dívidas, o maior percentual desde janeiro de 2021.

“Com orçamentos pressionados pela inflação persistentemente alta e (média de) 30,2% da renda comprometida com o pagamento de dívidas, a proporção de famílias com contas/dívidas atrasadas teve o maior incremento mensal desde março de 2020. Endividamento segue apontando alta”, apontou a pesquisa.

Dívidas em atraso

Três em cada dez famílias brasileiras (28,6%) estavam inadimplentes (com dívidas ou contas em atraso) no mês de abril, o que representa um crescimento de 0,8 ponto percentual na comparação com o mês anterior. O indicador ainda está 4,4 pontos acima do patamar registrado antes da pandemia de Covid-19. A pesquisa aponta algo mais grave: 10,9% das famílias afirmaram que não têm condições de pagar as dívidas.

As famílias mais pobres são as mais impactadas. Cerca de 31,9% das famílias que possuem renda de até 10 salário mínimos possuem contas em atraso, o maior nível da série histórica. No grupo mais rico, que recebe mais de dez salários mínimos, o índice também é alto, 13,5%, o maior patamar desde abril de 2016.

Nas duas faixas de renda analisadas, o principal tipo de dívida é o cartão de crédito, de acordo com a pesquisa. A modalidade foi a única que apresentou alta no mês de abril: 1,8 ponto percentual em comparação a março.

Além disso, a proporção de endividados no cartão de crédito é maior entre as famílias com renda mais elevada, 91,6%. A retomada do consumo por esse grupo se justifica especialmente pela categoria de serviços, segundo a CNC.

Já entre as famílias endividadas com renda até de dez salários mínimos, a proporção é de 88,1%.

No entanto, a CNC aponta que o tempo da dívida caiu para sete meses, em abril, e a modalidade do cartão de crédito está associada ao consumo de curto prazo.

Cerca de 25% então endividadas no período de até três meses e as famílias com contas a pagar por mais de um ano caiu, alcançando o patamar de 32,9%. O tempo de atraso na quitação de dívidas dos inadimplentes reduziu de 62,4 para 62,1 dias.

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