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Banco da Amazônia completa 79 com contratação de crédito crescente

Basa é uma das principais instituições financeiras para desenvolvimento da região. Somente ano passado, injetou R$ 2,1 bilhões no Estado, pelo Plano Safra 2020/2021

Eduardo Laviano

O Banco da Amazônia completa 79 anos neste dia 9 de julho. Criado em 1942 durante a Segunda Guerra Mundial, a instituição nasceu com o nome de Banco de Crédito da Borracha, com o objetivo de reativar a atividade seringueira na região para ajudar os aliados na guerra - não a toa, além do governo brasileiro, seu outro principal acionista eram os Estados Unidos. 

Em 1966 ele muda de nome para virar o Banco da Amazônia S.A, ou Basa, como é chamado. Desde então, foi se consolidando como a principal instituição financeira da região quando o assunto é o desenvolvimento da Amazônia. 

Ele tem um papel determinante na economia paraense: só ano passado, o estado recebeu R$ 2,1 bilhões no Plano Safra 2020/2021 do Banco da Amazônia. Mesmo diante de uma pandemia, as contratações do Basa cresceram 31,3% em relação ao ciclo anterior, onde foram aplicados R$ 1,6 bi.

Para a nova Safra, o Banco disponibiliza R$ 2,2 bilhões somente para o Pará. Nas últimas cinco safras, a instituição aplicou no agronegócio paraense o valor R$ 6,06 bilhões, o que representa maior geração de alimentos e de renda para a população.
O pecuarista Gustavo Grotto, morador de Novo Repartimento, foi um dos beneficiados. Ele obteve um financiamento com recursos para investimento em pecuária de corte que usou para comprar matrizes, um trator com implementos para fazer a reforma das pastagens, tronco e balança para melhorar o manejo e controle, além de cercas para melhor dividir as pastagens. A parceria fez sua fazenda crescer com sustentabilidade. Agora ele está investindo na fruticultura.

"Fui atrás da realização de um sonho que foi criar um projeto de frutas amazônicas, que é o que realmente amo”, relatou.

Para o presidente do Basa, Valdecir Tose, ninguém conhece a Amazônia tão bem quanto a Instituição.

"Conhecemos a região sob todos os pontos de vista e dimensões, sabemos das necessidades locais por estarmos próximos. Essa é a nossa diferença. Temos um impacto que vai além de um banco tradicional", afirma ele.

Tose acredita que o futuro do banco reside na utilização de novas tecnologias para garantir o acesso ao crédito de maneira ágil e eficiente.

"Cada vez mais é um desafio ser eficiente, mas é nossa obrigação para continuar ativo, evoluindo com o mercado financeiro, sendo uma estatal antenada, moderna, que conta com a ajuda da tecnologia e dos parceiros. O que imagino para os próximos anos é a pessoa fazendo a compra de uma máquina do site do fornecedor já conseguindo fazer a compra financiada pelo Basa", vislumbra.

O banco atualmente opera em vários setores que Tose considera estratégicos para a economia paraense: o agro, do cacau até o açaí, passando pelo feijão, soja e milho. Para Tose, uma das grandes conquistas do banco nos últimos anos tem sido a diversificação das atividades dos beneficiários e a propagação dos ideias de sustentabilidade.

"Temos um trabalho forte de conscientização para os produtores trabalharem regularmente, com competitividade e que o produto seja aceito por todos os mercados. Todo mundo olha o que é produzido na Amazônia com cuidado, do ponto de vista da legalidade e sustentabilidade. Essa preocupação é algo que nós sempre passamos aos nossos parceiros. Mais do que investir, investimos de maneira estudada, para garantir que os recursos estejam bem alocados", afirma.

Ele destaca também o programa Amazônia Florescer como um sucesso da trajetória do banco que deverá ser fortalecido nos próximos anos.

"Queremos alocar cem milhões de reais para atender 30 mil empreendedores e queremos chegar a 200 mil empreendedores nos próximos anos. Se hoje já somos a maior carteira da região Norte, com esse plano vamos nos consolidar no apoio aos empreendedores informais, que são 50% da mão de obra e também das micro, pequenas e médias empresas, para quem não podemos fechar nossos olhos", diz.

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