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Aumento do preço do gás ainda não chegou ao consumidor da capital

Reajuste que começou a valer na segunda (25) deve deixar o produto mais caro ainda nesta semana

Abílio Dantas

Começou a vigorar na segunda-feira (25), o reajuste de 4% no preço de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP) para botijão de até 13 quilos, mais conhecido como gás de cozinha, nas distribuidoras. O aumento foi anunciado pela Petrobrás, na última sexta-feira (22), mas os repasses para o consumidor dependem da política comercial de distribuidoras e revendedores. Em Belém, na manhã de segunda, no entanto, não foi identificado aumento no Jurunas, Pedreira, Nazaré e Canudos, bairros pesquisados pela reportagem. O preço médio permanecia R$ 75.

No Jurunas, as revendedoras GP Gás e Paragás não fizeram qualquer alteração no preço, e seguiram praticando o valor de R$ 75 para o botijão de gás de 13 quilos. No caso específico da GP Gás, caso o consumidor opte por comprar no portaria da loja, sem necessitar da entrega, o produto sai por R$ 64.

Com o preço também inalterado, uma revendedora do bairro da Pedreira, Bentes Souza Gás, vendia, também durante a manhã, o produto a R$ 75 sem a entrega, e R$ 80 com a entrega, mas a proprietária Conceição de Fátima Souza já planejava aumentar o valor.

“A distribuidora nos enviou um comunicado dizendo que vai aumentar (o preço) na próxima quarta-feira, 27; deve ser em torno de R$ 1,14. Eu devo aumentar então para R$ 85, pois está muito difícil trabalhar nesse ramo. Se não houvesse a venda de água, que eu também trabalho e está muito melhor, provavelmente eu seria mais uma empresária que fechou as portas no Brasil”, afirma.

No bairro do Canudos, o preço encontrado na empresa Transgás também permaneceu como estava antes do anúncio de mudança da Petrobrás: R$ 75 sem o serviço de entrega e R$ 80 com a entrega. Já a empresa Nazaé Gás, no bairro de Nazaré, seguia praticando o preço de R$ 78, e a Paragás, no Jurunas, também não mudou o valor de R$ 75.

Em estudo divulgado na última semana, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) mostrou que, no território paraense, o preço do botijão de gás de cozinha de 13 kg permaneceu praticamente estável, em outubro deste ano, na comparação com setembro. O produto custou, em média, RR 76,66 e passou para R$ 75,62, com ligeiro recuo de apenas 0,05%, segundo o levantamento. Ainda assim, o Pará está em sétimo lugar, entre os estados que vendem o gás de cozinha mais caro do País.

O estudo mostra que, até outubro, o impacto para quem ganhava até um salário mínimo, que é atualmente R$ 998, era de 7,57% por mês para quem gastava R$ 75,66 no consumo de um botijão de gás de cozinha.

Ainda segundo a entidade, no mês passado, com o preço médio de R$ 75,62, o produto podia ser encontrado com valores que entre R$ 66 e R$ 100. Com isso, foi o sétimo estado brasileiro onde o produto custava mais caro, ficando atrás do Mato Grosso (com preço médio de R$ 95,97), Roraima (R$ 83,56), Acre (R$ 80,14). Tocantins (R$ 78,98), Amapá (R$ 77,83) e Rondônia (R$ 77,81).

Entre as cidades paraenses, Xinguara é a que tem o gás de cozinha mais caro, com o produto custando, em média, R$ 92, no mês de outubro, seguida de Paragominas (R$ 91,75), Itaituba (R$ 89,20), Redenção (R$ 87,40) e Altamira (R$ 85,08). Na capital, Belém, o preço médio do botijão de gás, em outubro, foi de R$ 69,69, variando entre R$ 68 a R$ 85.

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