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Venda de imóveis cai 43,5% na Grande Belém

Segundo levantamento, foram vendidos 708 imóveis a menoa no primeiro trimestre deste ano

Débora Soares

Dados divulgados pelo O Censo Imobiliário de Belém e Ananindeua apontam uma consolidação do crescimento no mercado de vendas de novas unidades de imóveis da Região Metropolitana de Belém, de acordo com o levantamento realizado pela da Abrain Inteligência Estratégica e divulgado pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA). Ao longo dos três anos em que a pesquisa foi realizada,  houve um acréscimo no volume de negócios.

Na comparação do primeiro trimestre de 2021 com o quarto trimestre de 2020, porém, a pesquisa aponta uma redução de 43,5%. A quantidade de unidades vendidas no último trimestre do ano passado foi de 1.627 dentre imóveis residenciais - verticais e horizontais - e comerciais. Nos primeiros três meses de 2021 foram vendidas 919. 

Segundo o presidente do Sinduscon-PA, Alex Carvalho, já era esperado essa redução devido ao cenário pandêmico vivido nos primeiros meses do ano e, principalmente, pelo aumento considerável dos preços dos insumos para o setor. “Estamos enfrentando uma disparada de preços dos insumos dos materiais de construção e isso interfere muito fortemente no poder  decisório das incorporadoras de lançarem novos empreendimentos, tendo em vista o desequilíbrio causado por essa alta de preços. Não há como simplesmente repassar esses valores na mesma proporção, porque a renda das pessoas não aumentou nos mesmos percentuais que grande parte da indústria de fornecedores desses materiais aplicaram nos últimos doze meses", explica Carvalho.

A perspectiva, ainda sim, é positiva se analisado o cenário completo do período desde o primeiro ano do estudo. Em 2018, quando a Abrain realizou o primeiro levantamento, o valor total de arrecadação com vendas imobiliárias não era tão expressivo, hoje a diferença é equivalente a R$300 milhões. "Quando iniciamos essa série histórica, não chegávamos nem a R$200 milhões de negócios e hoje esse valor é superior a R$500 milhões. Isso mostra o crescimento e a pungência do mercado imobiliário e que pese ainda grandes dificuldades atravessadas durante esse período. É de se enaltecer essa evolução significativa do mercado imobiliário", comenta o presidente do Sinduscon-PA.

Analisando o preço do metro quadrado, observa-se que os empreendimentos de padrão especial, alto, luxo e super luxo estão com preços superiores à média da cidade, por m². Em Belém, chega a R$7.794 o valor médio por m² para um imóvel com a metragem média de 34m².

O imovél padrão mais vendido de janeiro à março, período analisado pelo estudo, foi o modelo econômico, em que a faixa de valor investido chega a R$1.900, 221 unidades vendidas. Já os imóveis considerados “super luxo”, em que a faixa monetária varia de R$1 bilhão à R$2 bilhões, foram os menos vendidos no trimestre, apenas 10 unidades vendidas em Belém e Ananindeua. 

As informações constantes no último Censo Imobiliário destacam os lançamentos empresariais do setor, a quantidade de vendas, os números de oferta final, a faixa de preços e o programa de habitação em ambos os municípios. Os resultados são referentes a metodologia de pesquisa em campo e técnicas específicas, que identificam as oportunidades no mercado para novos empreendimentos e o consequente atendimento a diferentes faixas de clientes. Além de constar uma avaliação do mercado residencial exemplificado por tipologia, padrões, renda exigida e bairros.

A expectativa do Sinduscon para os próximos meses é contínuo crescimento deste mercado que apesar da pandemia foi um dos poucos setores da economia paraense a se manter em crescimento. "Temos grandes preocupações e grandes desafios a serem superados. O mais importante de tudo é que nós estamos evoluindo, então vamos continuar nessa pegada, trabalhar e aguardar os próximos resultados que vão ajudar muito as empresas a continuar acertando em novos lançamentos e entendendo melhor o mercado. Isso é fruto de um trabalho de muita qualidade que nós temos a honra de participar, juntamente com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o Sistema SESI/SENAI e a Federação do Estado do Pará como apoiadores", conclui Alex.