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Retorno de público aos estádios anima vendedores ambulantes

Mesmo com apenas 30% da capacidade, comerciantes afirmam que medida faz diferença na renda

O Liberal

Há quase 1 ano e meio sem a participação do público nos estádios, nesta sexta-feira (24), muitos trabalhadores autônomos puderam retomar as atividades de vendas ambulantes na frente dos estádios, após a Prefeitura de Belém liberar 30% da capacidade das instalações e a presença dos torcedores na partida entre Remo e Náutico, no Baenão, pela Série B do Campeonato Brasileiro. 

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Pará está entre os Estados com os maiores índices de trabalhadores autônomos. Devido às medidas de restrições impostas por conta da pandemia de covid-19, muitos desses trabalhadores precisaram buscar alternativas para levar o sustento para casa.

É o caso de Frank dos Santos, vendedor de churrasco há 25 anos, que procurou outros pontos de venda para continuar obtendo renda. Para ele, a retomada das atividades nos estádios vai beneficiar a todos do comércio informal.  “Já era para estar liberado há muito tempo. O cuidado é essencial, mas tem que ter os jogos, sem os jogos, não há arrecadação”, diz o vendedor. 

O presidente do Sindicato dos Vendedores Ambulantes, Roger Vasconcelos, afirma que a retomada do público aos estádios, seguindo todos os protocolos de segurança, é fundamental para movimentar a economia e garantir a renda dos trabalhadores. “Em cada jogo são cadastrados em média 40 pessoas, entre pipoqueiros, vendedores de picolé e água. Economia parada não gira”, destaca. 

A expectativa da liberação da torcida também atinge Gabriel Albuquerque, de 22 anos, que vende cachorro-quente do lado do estádio Evandro Almeida (Baenão). “Isso vai beneficiar todo mundo. A gente é vendedor, mas também é torcedor”, pontua Gabriel.

 

Sidney Oliveira e Emilly Melo (estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política e Economia)