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‘Quanto mais quente melhor’, dizem donos de bares em Belém na expectativa do verão

Os dias mais quentes e as noites sem chuva impulsionam a frequência nos bares da cidade

Valéria Nascimento

A chuva começa a dar trégua, ou melhor, aos poucos, dá lugar ao clima mais quente em Belém. A chegada do período mais seco, popularmente chamado de ‘verão amazônico’ abre a alta temporada para bares, restaurantes e lojas de conveniência na cidade, no melhor estilo, quanto mais quente, melhor. 

“A expectativa é ótima. O verão traz mais sede, né?”, dispara o empresário Leodoro Porto sobre a boa projeção para os próximos meses. Há 21 anos ele é o proprietário do boteco Meu Garoto, na Praça Brasil, e conhece bem o perfil do belenense noctívago.

“Devido a gente ter o boteco, numa esquina, e as pessoas gostarem de tomar cerveja na calçada por causa do ‘calorzão’, isso é ótimo para nós. Vem chegando esse calor com noites bonitas, estreladas, então a calçada é uma maravilha para gente”, sintetiza Leodoro Porto.

‘Paraense também gosta de cerveja na chuva’, diz dono de bar

Sobre a frequência dos clientes no período de mais chuvas, que termina nesta virada entre os meses de maio e junho, Leodoro disse que, de fato, há queda de público. “Sim, geralmente tem uma queda, aquele dia muito chuvoso, você fica com preguiça de sair de casa, aí, a gente já fica meio assim, ‘poxa, será que vai vir gente hoje’. Dá uma quebrada, mas o que é legal é que nossa região é tão chuvosa, que as pessoas também saem na chuva para beber”, contou sorrindo.

“A COP 30 está vindo aí, então acho que a tendência é só aumentar o movimento. A partir de agora já vai melhorando, nós vamos para a festa junina, depois, julho, que as pessoas diziam, ‘ah, as pessoas viajam’, mas também vem muita gente de fora. É um movimento crescente até o final do ano”, complementou Leodoro Porto.

No verão, os bares, restaurantes e lojas de conveniência da cidade são destinos populares para quem quer diversão noturna, com variedade de opções. Pai e filho, Emerson Carvalho e Edson Rêgo, respectivamente, são os donos do Lanche e Conveniência Santa Clara. O local funciona há 30 anos no mesmo endereço na Rua Municipalidade, no bairro Umarizal. E pai e filho festejam a chegada das noites sem chuvas.

"No período chuvoso, as vendas caem de 30% a 40% porque as pessoas normalmente vêm aqui quando já estão indo do trabalho para casa. Com a chuva, elas não vêm, pensam, que é melhor ir para casa mesmo”, diz Emerson Carvalho. Ele destaca que o quarteirão da conveniência da família é no coração da área comercial do bairro, com vários comércios e prédios empresariais.

A frequência do público na conveniência, complementa Emerson Carvalho, acompanha o horário comercial e segue até às 22h. A loja vende produtos de limpeza e alimentícios, mas o foco são os lanches. Os salgados, as empadas, coxinhas e pastéis, de forno e frito na hora, com produção diária, e suco, água, refrigerantes, cervejas e energéticos.

Empresários estão confiantes em 2025 para os negócios

"Estamos otimistas, acho que 2025 é um ano bom. Os meses em que mais a gente trabalha são julho e outubro. Julho é bom porque muita gente sai da cidade, mas muita gente trabalha, e o pessoal que trabalha vem mesmo em julho, lancha e compra coisas para o fim de semana”, garantiu Emerson satisfeito com os negócios.

Gabriela Velloso é a dona do bar Baiúca na rua Bernal do Couto, também no bairro do Umarizal. O empreendimento funciona há sete meses e trabalha com cervejas, drinks, espetinhos e salgados. E ela também comemora a nova previsão do tempo para Belém. “A gente sabe que o verão pede uma cerveja gelada. A expectativa para os meses de junho e julho é de dobrar o movimento que estamos observando hoje. O calor faz a galera sair de casa. O paraense sabe que calor combina com aquela cerveja trincando”, enfatiza Gabriela.

Quanto aos melhores meses do ano para o bar, Gabriela afirmou: “Definitivamente os meses de setembro até dezembro. Vemos uma quantidade de pessoas aumentando por conta do início das festas de fim de ano e o desejo de confraternização entre a galera. Nosso dia de maior movimento sempre é o sábado à noite. O sábado tem a fama de ser um dia para sair, encontrar pessoas e aproveitar o fim de semana. Como dizia a música (do Lulu Santos), ‘todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite’ e é bem isso”, observa Gabriela.

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