Prévia da inflação de março deixa Belém como terceira região mais cara
Reajuste foi o maior deste ano em um mês. Alta acumulada chega a quase 3%.
A prévia da inflação de Belém em março teve o maior reajuste mensal deste ano, de 1,15%, resultando em uma alta acumulada de 2,93% apenas em 2022, e de 9,32% nos últimos doze meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a cidade ficou em terceiro lugar entre as regiões brasileiras pesquisadas com o maior encarecimento em março, atrás apenas de Curitiba (1,55%) e de Goiânia (1,19%), e em quarto lugar na taxa acumulada no trimestre, perdendo para Salvador (3,9%), Curitiba (3,02%) e Belo Horizonte (2,94%). Nos dois primeiros meses deste ano, a inflação de Belém havia chegado a 0,82% e 0,94%, respectivamente.
O resultado da inflação leva em consideração nove grupos de produtos e serviços. Os grupos que mais contribuíram para a inflação de março em Belém foram saúde e cuidados pessoais (3,06%), alimentação e bebidas (1,68%), artigos de residência (1,38%) e vestuário (1,35%), seguidos de transportes (0,53%), habitação (0,48%), educação (0,27%), despesas pessoais (0,16%) e comunicação (0,03%).
No que se refere ao grupo de saúde e cuidados pessoais, a maior alta veio de produtos relacionados à higiene pessoal (6,54%) e de serviços laboratoriais e hospitalares (0,38%). Na alimentação, a pesquisa aponta que, dentre os que apresentaram os maiores reajustes, estão a cenoura (37,91%), batata-inglesa (15,04%), tubérculos, raízes e legumes (12,52%), melancia (12,5%) e banana-prata (11,38%).
Brasil
Nacionalmente, o índice teve alta de 0,95% em março – maior variação para um mês de março desde 2015, quando ficou em 1,24%. No acumulado deste ano, a taxa ficou em 2,54%, acima do percentual de 2,21% registrado no mesmo período de 2021. Em 12 meses, a inflação acumula alta de 10,79% - nos doze meses anteriores, havia chegado a 10,76%.
Todos os grupos apresentaram alta. A maior variação (1,95%) veio do grupo de alimentação e bebidas, influenciado, principalmente, pela alta dos alimentos para consumo no domicílio (2,51%). As principais contribuições vieram da cenoura (45,65%), do tomate (15,46%) e das frutas (6,34%), além da batata-inglesa (11,81%) e ovo de galinha (6,53%). Nas quedas, o destaque ficou com o frango em pedaços (-1,82%).
Atrás da alimentação, vêm os grupos saúde e cuidados pessoais (1,30%) e transportes (0,68%). Juntos, os três representaram cerca de 75% do impacto total do IPCA-15 de março. O de saúde foi puxado pela alta dos itens de higiene pessoal (3,98%) e dos perfumes (12,84%), além dos produtos farmacêuticos (0,83%) e dos serviços médicos e dentários (0,58%). O item plano de saúde (-0,69%) segue em queda.
Já o de transportes foi influenciado pela gasolina (0,83%), após reajuste dos combustíveis, óleo diesel (4,10%) e do gás veicular (5,89%). O etanol foi a exceção, com queda de 4,70%. Além disso, automóveis novos (0,83%) e usados (0,70%) e ônibus urbano (1,04%). Teve queda o preço das passagens aéreas (-7,55%), pelo terceiro mês consecutivo.
Outros destaques foram habitação (0,53%), puxada pela energia elétrica (0,37%), botijão de gás (1,29%), gás encanado (2,63%) e taxa de água e esgoto (0,49%); e artigos de residência (1,47%), pressionados pelas altas de mobiliário (2,45%) e de eletrodomésticos e equipamentos (1,92%). Os demais grupos ficaram entre 0,04% de comunicação e 0,95% de vestuário. Já no trimestre, os grupos que tiveram o maior reajuste de preços foram educação (6,05%), artigos de residência (4,89%) e alimentação e bebidas (4,17%).
O menor resultado entre as cidades foi registrado em Brasília (0,61%), influenciado pelas quedas nos preços das passagens aéreas (-13,23%) e da energia elétrica (-2,34%).
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