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Pescado ficará mais barato na Semana Santa, diz economista

Não haverá limitação da venda, mas normatização do transporte das mercadorias no Ver-o-Peso

Elisa Vaz/Redação Integrada de O Liberal

A compra de pescado no Pará deve ter custos mais baixos entre os dias 10 e 19 de abril, durante a Semana Santa. Esta é a expectativa do titular da Secretaria Municipal de Economia (Secon), o economista Rosivaldo Batista, após o governador do Estado, Helder Barbalho, ter assinado decreto que deve aumentar a venda de peixes no Estado. A medida já foi assinada, também, pelo prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho.

Com o objetivo de garantir o abastecimento do mercado interno de forma emergencial, fica suspensa a emissão de documentos necessários para a movimentação de qualquer espécie de pescado in natura, fresco, resfriado e curado (salgado) para fora do Estado do Pará, no período mencionado, exceto pescado congelado e com selo de aprovação do Serviço de Inspeção Federal (SIF). Também fica suspensa a emissão do Guia de Transporte Animal (GTA) para pescados vivos e da nota fiscal.

Segundo Batista, não haverá limitação da venda, apenas a normatização do transporte das mercadorias na doca do complexo Ver-o-Peso, para que o aumento da demanda por peixe durante a Semana Santa não impossibilite a compra do alimento pelos moradores de Belém. "A nossa expectativa é de que os preços fiquem mais baixos. Vamos controlar a oferta do pescado no complexo, que abastece os mercados da cidade. Quando aumenta a oferta, obviamente, o preço fica mais acessível ao consumidor", explicou. Ele, no entanto, não soube precisar um percentual exato, considerando que a cadeia produtiva do pescado envolve pescadores, balanceiros e os peixeiros de diversos mercados municipais.

Dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostraram que, durante os meses de janeiro e fevereiro deste ano, já foi observado aumento acima da inflação (1%) no valor do quilo da maioria das espécies de pescado comercializadas no Estado. A pescada amarela e o filhote, por exemplo, apresentaram alta de 12,41% e 3,59%, respectivamente. Um dos motivos para este número, segundo Batista, é a época de chuvas. "O Pará tem sofrido com a maré alta, o que dificulta muito a pesca e, consequentemente, reduz a oferta no mercado".

Para balancear os preços, o horário de vendas no Ver-o-Peso será estendido. Como os supermercados funcionam até o turno da noite, o complexo funcionará durante mais tempo, anunciou o economista e titular da Secon. Na Pedra do Peixe, o comércio funcionará de meia-noite às 6h. Já no Mercado de Peixe, também conhecido como Mercado de Ferro, a venda ocorrerá entre 5h e 16h, o que aumenta, aproximadamente, em cinco horas o tempo para que os consumidores possam adquirir a quantidade desejada de peixe.

Feira do Pescado

Conforme publicado no decreto assinado pelo governador do Pará, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) buscará parcerias com as prefeituras, cooperativas, entidades representativas do setor pesqueiro artesanal, organizações de aquicultores e com as indústrias de pescado para implantar a 11ª edição da Feira do Pescado, nos dias 17 e 18 de abril. Os fornecedores ficarão obrigados a garantir o abastecimento dos pontos de vendas durante os dois dias da feira, bem como a realizar a venda e limpeza do local. Os interessados serão credenciados pela Sedap.

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