Pesca, bioeconomia e agricultura familiar são prioridades para investimentos na Amazônia Legal
Decisão foi tirada na reunião de instalação do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (Coriff), na Sudam, nesta terça-feira (12), em Belém
Entre os encaminhamentos da reunião de instalação do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (Coriff), realizada nesta terça-feira, 12, três áreas foram definidas como prioritárias para os investimentos na Amazônia Legal: pesca, bioeconomia e agricultura familiar. Nesse sentido, ficou definido que serão realizadas rodadas de negócios voltadas a arranjos produtivos locais (APLs).
Outra prioridade é a consolidação do que está sendo chamado de ‘Agenda Marajó’, possibilitando acesso a créditos e financiamentos dos bancos federais nos 17 municípios do arquipélago. A reunião de instalação do Coriff foi realizada pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) na manhã desta terça-feira, 12, na sede da autarquia, em Belém.
Oficialmente integram o Comitê, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Caixa Econômica Federal e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública de fomento à ciência, tecnologia e inovação, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A diretora de Crédito Digital para Micro, Pequenas e Médias Empresas e Gestão do Fundo do Rio Doce, do BNDES, Maria Fernanda Coelho, falou do foco do governo federal na Amazônia e do desafio de definir qual a melhor estrutura de crédito a ser adotada para melhor mobilizar investimentos das instituições federais na Amazônia. E comemora o crescente investimento. “Entre janeiro de 2023 e março de 2025, banco aprovou R$ 55,9 bilhões de crédito para os estados da Amazônia Legal, montante é 50% superior ao aprovado entre 2019 e 2022”, informou a diretora do BNDES.
O superintendente da Sudam, Paulo Rocha, defendeu a inclusão de pequenos e médios produtores nas políticas de acesso a créditos e financiamentos praticados pelas instituições financeiras federais na Amazônia. “O objetivo do Coriff é subsidiar o Conselho Deliberativo da Sudam com articulação e ações para aperfeiçoar o financiamento de projetos que contribuam para a inclusão de todos e para a geração de renda na região”, explica Rocha.
“Vamos criar na Sudam uma sala de situação para funcionamento do Coriff. Esse esforço de reunir os bancos oficiais é para fazermos com que o financiamento chegue para todo mundo, para o grande, para o médio e para pequeno. Queremos dar resposta ao chamado desenvolvimento sustentável, que deve incluir todo mundo. E é essa inclusão que vai dar sustentabilidade para a região", afirma Paulo Rocha.
Além do BNDES, participam do Coriff representantes do Banco do Brasil, do Banco da Amazônia, da Caixa Econômica Federal (CEF) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública de fomento à ciência, tecnologia e inovação, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, bem como interlocutores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca (Sedap), Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), entre outras lideranças e autoridades.
O Coriff vai promover integração de ações financeiras, coordenar investimentos e propor ajustes na legislação a partir do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) e do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), além de recursos próprios. “O Comitê enfatiza a importância de ações eficazes e a necessidade de cooperação entre as instituições financeiras para o desenvolvimento sustentável na região da Amazônica Legal. Aponta o regimento do Comitê. Além de priorizar o planejamento regional da Amazônia Legal a qual a Sudam é responsável”, enfatiza a diretora de Planejamento e Articulação de Políticas da Sudam, Jorgiene Oliveira.
“O Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA), Plano do Marajó e Bailique, além dos demais planos sub-regionais, os quais a Sudam está elaborando, como em Roraima, Acre, Amazonas e Tucuruí e Xingu, também serão prioritários dentro do Comitê Técnico do Coriff”, completou a diretora. Outros dois diretores da Sudam: Aharon Alcolumbre (Promoção do Desenvolvimento Sustentável) e Wilson Ferreira (Gestão de Fundos, de Incentivos e de Atração de Investimentos) também fizeram parte da reunião de instalação do Coriff.
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