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Gripe aviária: caso suspeito no Pará segue em análise, confirma Adepará

Amostras coletadas em quatro galinhas de uma granja em Eldorado do Carajás foram enviadas para análise; estado segue sem registros confirmados da doença

Gabi Gutierrez

Após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil — no Rio Grande do Sul — autoridades intensificaram medidas de prevenção e fiscalização. No Pará, um foco suspeito da doença está sob investigação no município de Eldorado do Carajás. De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), quatro galinhas caipiras foram sacrificadas para coleta de material biológico, seguindo o protocolo sanitário.

A nota da Adepará, encaminhada à reportagem do Grupo Liberal, conta que a amostra foi encaminhada ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), órgão responsável pela análise. A agência paraense informou que o estado não possui registros confirmados da doença e reforçou que o caso está sendo monitorado conforme os protocolos de vigilância ativa.

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Além do Pará, há outras quatro investigações em andamento no País, segundo atualização da plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves do Mapa, feita às 8h30 desta terça-feira (20). As análises ainda aguardam resultados laboratoriais conclusivos.

Dois desses casos sob investigação ocorrem em plantas comerciais — uma granja de pintinhos em Ipumirim (SC) e um abatedouro de aves em Aguiarnópolis (TO). Os demais, assim como o caso no Pará, envolvem criações de subsistência, em Estância Velha (RS) e Salitre (CE). Já outras três suspeitas em aves de quintal foram descartadas por exames laboratoriais em Nova Brasilândia (MT), Granchos Cardoso (SE) e Triunfo (RS).

Desde maio de 2023, quando o Brasil registrou o primeiro caso de gripe aviária em aves silvestres, mais de 2.500 investigações foram conduzidas pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO). Até agora, o país acumula 168 casos confirmados, sendo 164 em animais silvestres — 160 em aves e 4 em leões-marinhos —, 3 em criações domésticas e 1 em produção comercial.

O alerta aumentou após a confirmação da doença em uma granja de matrizes de aves no Rio Grande do Sul, na última semana. Como consequência, o governo federal suspendeu temporariamente as exportações de carne de frango. Outros estados também adotaram medidas emergenciais: Goiás decretou situação de emergência zoossanitária, o Paraná destruiu mais de 10 milhões de ovos para preservar o status sanitário e São Paulo iniciou inspeções em estabelecimentos que receberam produtos oriundos do Rio Grande do Sul.

A Adepará reforçou ainda que o Pará não possui produção avícola voltada à exportação e que todas as medidas preventivas estão sendo adotadas para evitar a entrada da doença no estado.

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