Pará segue sem casos de gripe aviária, mas medidas de prevenção continuam em vigor
Em caso de crise no Estado, o abatimento de aves em grande escala pode se tornar uma opção
Apesar de não registrar casos de gripe aviária até o momento, o Pará mantém medidas rigorosas de prevenção para evitar a entrada e a disseminação da doença no Estado. Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), as frentes de prevenção continuam sendo as mesmas que foram publicadas através da Portaria nº 2962/2025, no início deste mês.
As determinações buscam proteger a cadeia avícola da presença da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) que ainda está atingindo alguns Estados do país. Com isso, continua proibida a entrada no Pará de aves de produção, ornamentais, aves de companhia, ovos férteis, cama de aviário e esterco oriundos de locais com focos oficialmente confirmados da doença.
Já os animais e ovos provenientes de Estados livres da gripe aviária só podem ingressar no Pará mediante a apresentação da Guia de Trânsito Animal (GTA) válida, acompanhada de atestado sanitário emitido por médico veterinário, com validade máxima de 72 horas antes do embarque. O documento deve comprovar que os animais estão clinicamente saudáveis. Além disso, os estabelecimentos de destino devem estar devidamente cadastrados na Adepará e autorizados a receber as aves ou ovos férteis.
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A portaria também determina que produtores, médicos veterinários e todos os envolvidos na atividade avícola comuniquem imediatamente qualquer suspeita da doença. Entre os sinais que devem ser observados estão o aumento na mortalidade de aves, sintomas respiratórios, nervosos ou digestivos, além da queda na produção de ovos.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já cedeu autorização de abatimento de aves infectadas para algumas empresas, como foi o caso da BRF. A instituição é responsável pelas marcas Sadia e Perdigão e realizou o abate de 74 mil galinhas no último final de semana, em Goiás. A ação foi motivada por um caso de contaminação na localidade de Santo Antônio da Barra.
De acordo com a Adepará, em caso de infecção em massa, o abate em grande escala de aves doentes poderá ser uma alternativa no Pará. No entanto, essas formas de combate variam conforme cada caso de contaminação.
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