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Pará é o terceiro com melhor desempenho no comércio varejista em junho

Dados do IBGE apontam crescimento no setor pelo terceiro mês consecutivo, com variação positiva de 1,9% no último mês do primeiro semestre.

Natalia Mello

O Pará apresentou o terceiro melhor desempenho do mês de junho do comércio varejista entre os 27 Estados brasileiros, segundo estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (11). O crescimento do setor é registrado pelo terceiro mês consecutivo, e ficou em uma variação positiva 1,9% em relação à maio. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o comércio varejista aumentou em 5,8% as suas vendas.

 


 

Os estados que ficaram com o primeiro e o segundo melhor desempenho foram Ceará (2,5%) e Espírito Santo (2,2%). No cenário do comércio varejista paraense, o consumidor tem feito diferença, indo contra à atmosfera observada no Brasil, em que o desempenho da maioria dos estados (18 de 27) foi negativo em junho, quebrando o fluxo de crescimento dos meses anteriores. Enquanto o comércio brasileiro apresentou uma queda média de 1,7% em junho, as vendas no Pará continuaram subindo.

No acumulado dos últimos 12 meses, o estado também apresentou uma alta, que significou 17,4% a mais no volume de vendas, figurando em terceiro lugar também nesse indicador. No ano, a alta acumulada é de 17,2%. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). “O comércio varejista tem uma importância muito grande na atividade econômica do Estado, na geração de emprego e renda, e o Pará vem destoando do comportamento de grande parte dos Estados do Brasil. Em 18 das federações houve queda na venda, por exemplo, e o estado paraense continua crescendo”, avaliou o analista de pesquisas do IBGE Pará, Luiz Cláudio Martins.

Uma loja de moda feminina localizada na Rua Treze de Maio, uma das principais vias do centro comercial de Belém, registrou um crescimento de 25% das vendas no mês de junho, em comparação ao mesmo período de 2020. A gerente do estabelecimento, Regiane Farias, afirma que as vendas têm sido frequentes e a movimentação intensa desde a retomada das atividades econômicas após o segundo lockdown devido à Covid-19, em março desse ano.

“Para mim, depois da pandemia, a gente sempre tem batido sempre as metas em comparação ao que vendíamos antes da pandemia. Ano passado foi difícil, tivemos que dar férias coletivas e fechar a loja para não ter gastos aqui dentro sem vender, mas depois do lockdown, quando voltamos, graças a Deus não temos do que reclamar”, pontuou a responsável pela administração do local, que atua na função há 3 anos.

Há 15 anos no centro comercial, o empreendimento vem acompanhando o crescimento do setor no Estado, registrando 25% a mais das vendas tanto no mês de junho, quanto nos meses anteriores, de abril e maio. “A gente tem vendido bastante todos os meses. Em maio conseguimos fazer a mesma porcentagem em cima do ano passado, em torno de 25%. E aí estamos conseguindo manter. Estamos esperando esse mês fechar para ver como vai ficar, mas esperamos o mesmo percentual”, concluiu Regiane.

Pesquisa

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e material de construção, o resultado também foi positivo. Na passagem de maio para junho, o volume de vendas cresceu 0,9%, terceira alta consecutiva no indicador. Com isso, o setor acumula alta de 19,4%, ostentando o terceiro melhor desempenho do Brasil nesse período. Na comparação com igual mês do ano anterior (junho/2020), o crescimento foi de 10,1%,

O objetivo da Pesquisa Mensal do Comércio é produzir indicadores que permitam acompanhar a evolução conjuntural do comércio varejista e do comércio varejista ampliado, divulgados na forma de série mensal de indicadores, em nível Brasil, por segmentos e por Unidade da Federação.

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