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Investidores internacionais ficam impressionados com potencial do Tapajós, comemora ministro do Turismo

Segundo o ministro Gilson Machado, investimentos em turismo no Pará já somam R$ 23 milhões nos últimos dois anos.

THIAGO VILARINS - SUCURSAL DE BRASÍLIA (DF)

As belezas naturais do Baixo Tapajós tem encantado investidores que estão na região para conhecer os potenciais turísticos. Eles chegaram na última terça-feira nos municípios de Santarém e Belterra para uma agenda de dois dias, a convite do ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, e decidiram ficar mais cinco dias para conhecer todos os atrativos que contemplam a região. O ministro do Turismo conversou com O Liberal assim que retornou a Brasília e comentou sobre esse tipo de experiência, que, segundo ele, fortalece a imagem do Brasil como um destino único para turismo de natureza e como um forte campo para investimentos.

"O Ministério do Turismo tem trabalhado em um amplo projeto de desenvolvimento turístico na região do Baixo Tapajós e esta é só mais uma etapa deste projeto. Determinei no mês passado o encaminhamento de uma equipe técnica nossa para levantar as necessidades e prioridades que a região precisa para que possamos atrair esses investidores e progredir esta importante região turística de nosso País e que atrai anualmente milhares de visitantes", disse a O Liberal.

"Agora, trouxe alguns empresários espanhóis, interessados em investir no Brasil, resultado direto de nossa participação em uma das feiras mais importantes do turismo no mundo, a Fitur da Espanha, e apresentei os investimentos feitos pelo governo federal em obras que aprimorem a experiência turística nas cidades que compõem essa região e alguns dos atrativos turísticos que encantam os turistas que lá visitam. Nossa expectativa é que esse investimento privado venha para o Brasil e resulte em geração de emprego e renda para essa população, que é a vocação do nosso setor", completou.

Em Santarém, a comitiva do ministro vistoriou as obras da orla da praia do Maracanã, que contam com investimentos de quase R$ 4 milhões da pasta de Turismo. Ainda na cidade, eles conheceram o Projeto Orla do Rio Tapajós, no bairro Aldeia, que vai melhorar a infraestrutura local. Durante a visita, investidores estrangeiros puderam conhecer de perto o encontro das águas dos rios Tapajós e Amazonas.

A comitiva seguiu para Belterra, onde tratou do desenvolvimento do turismo no município e teve contato com projetos para o setor, em especial na área de turismo de natureza e etnoturismo. A equipe visitou as obras do Museu da Ciência da Amazônia, o MuCA, que abrigará um acervo de plantas das duas maiores florestas produtivas do estado do Pará: a Floresta Nacional do Tapajós e a Reserva Extrativista do Arapiuns. Ainda, em Beleterra, eles acompanharam as obras de restauração da antiga casa de Henry Ford, que é um importante marco histórico da cidade.

Ao fim da agenda oficial, o ministro mostrou aos empreendedores espanhóis as belezas únicas do rio Tapajós e o projeto para atração de investimentos. Em um percurso de barco, os convidados conheceram a região de Alter do Chão.

"Eles (investidores) ficaram tão encantados que resolveram estender a estadia e ficar cinco dias a mais que o previsto. E não tem como não ficar, não é mesmo? Esta região do Tapajós é muito especial, pois conta com uma combinação única de sol, praia, ecologia, gastronomia, cultura, esporte e bioeconomia, ponto forte para a atração de investidores e, claro, de turistas estrangeiros e nacionais. Um local com belezas diferentes tanto no período de cheia como no de seca do Rio Tapajós.  A Amazônia brasileira é uma das últimas fronteiras de turismo de preservação do mundo e compreendemos que essa região será um dos principais destinos para a retomada do turismo, já que o mundo estará em busca de destinos ao ar livre e não temos nenhum País com o nosso potencial", exaltou o ministro, respondendo, na sequencia, quais serão os próximos para consolidação destes investimentos.

"Os próximos passos ainda estão sendo desenhados pela nossa equipe, mas eu tenho certeza que se o nosso intuito era impressionar os investidores, nós conseguimos. Queremos atrair cada vez mais investidores para o nosso país com parcerias e concessões para impulsionar o turismo da região e tornar a rota a porta de entrada do turismo na Amazônia. Para isso, temos realizado investimentos importantes na infraestrutura turística de todo o estado, tendo liberado R$ 23 milhões para obras em todo o estado nos últimos dois anos.

Temos todo o potencial para atrair esses investimentos como comunidades tradicionais, rios e matas exuberantes; diversidade de peixe, pássaros e frutas; artesanato de grande inspiração, história e cultura. Vamos juntos transformar este potencial em realidade", concluiu.

Rota turística no nordeste do Pará é selecionada em projeto do Ministério do Turismo

A rota "Amazônia Atlântica", situada entre os municípios paraenses de Bragança, Curuçá e Augusto Corrêa, foi um dos oito roteiros turísticos selecionados para integrar o Projeto Experiências do Brasil Rural. O anúncio foi feito no fim do mês de maio pelos ministérios do Turismo e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pela Universidade Federal Fluminense (UFF), responsáveis pelo projeto.

Esses roteiros passarão a contar com apoio técnico para estruturação dos destinos e empreendimentos, bem como a comercialização de produtos e serviços com o objetivo de promover o turismo em áreas rurais do País. No caso da rota "Amazônia Atlântica", ela oferta vivências rurais por meio da pesca artesanal, degustação de queijos artesanais, farinhas de mandioca e de frutas orgânicas encontradas no Estado do Pará.

O projeto é uma das principais medidas do governo federal para fomentar o Turismo Rural, segmento considerado crucial na retomada das atividades turísticas no contexto pós-pandemia. Entre os benefícios do fortalecimento deste segmento está a construção de uma alternativa de renda para o campo, apoio na estabilização da economia local e criação de negócios e empregos diretos e indiretos.

Ao todo, participaram do processo seletivo mais de 50 propostas que contemplavam as quatro cadeias produtivas priorizadas para o projeto: queijo, vinho, cerveja e, no caso da "Amazônia Atlântica", os frutos da Amazônia. O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, aponta que a ideia é impulsionar produtos e serviços da agricultura familiar associados ao turismo da região.

"A nossa Amazônia tem um potencial único que nenhum País no mundo tem. E temos que trabalhar isso. Fiz questão de colocar toda a minha equipe para trabalhar em cima desse grande potencial. Este projeto é apenas um dos que estamos desenvolvendo para apoiar a formatação e o posicionamento de produtos e roteiros de experiências no meio rural, não só desta região, mas de diversas outras rotas. O resultado será o fortalecimento destes roteiros, tendo o turismo de natureza como um diferencial. Com isso, também conseguiremos diversificar a oferta turística brasileira, movimentando a economia, gerando emprego e renda, além de mostrar um Brasil que poucos conhecem", destacou Machado Neto.

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