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Inflação cai em Belém, mas capital paraense permanece entre as mais caras do País

Tanto nos últimos 12 meses, quanto no acumulado do ano, Belém ficou no top três das cidades mais inflacionadas do Brasil

Marta Brasil (especial para o Liberal)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira, 10, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país. No Brasil, a inflação registrada em junho foi de 0,24% contra 0,26% em maio; e em Belém, 0,16% contra 0,66%. Apesar da queda no mês, no acumulado do ano e nos últimos 12 meses Belém segue como uma das capitais mais caras do País.

No acumulado do ano (janeiro a junho), o índice da inflação em Belém registrou índice de 3,39%, perdendo somente para Aracaju (3,45%). Já nos últimos dozes meses, a inflação registrada foi de 5,52%, colocando Belém em terceiro lugar no ranking das capitais mais caras do Brasil, perdendo somente para Belo Horizonte (5,70%) e São Paulo (5,69%).

Alimentação e energia elétrica 

Embora o item Alimentação tenha apresentado recuo de preço em todo o País, inclusive no Pará, as altas de grupos como habitação, transporte, vestuário e tarifa de energia elétrica e combustíveis contribuíram para o aumento da inflação.

Na análise do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos, a alimentação ainda pesa, embora tenha caído em junho. No acumulado do ano o item teve crescimento de 4,59% e nos últimos 12 meses o índice acumulado foi de 8,51%.

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O grupo Habitação também revela crescimento no acumulado do ano (5,15%) e nos últimos 12 meses (4,54%). O grupo Transporte teve elevação de (1,17%) no acumulado do ano e de (4,28% ) nos últimos 12 meses. As tarifas de energia elétrica também contribuíram para o cenário de inflação alta em Belém. A conta de luz subiu 2,69 nos últimos 12 meses e 6,26% no ano de 2025.

Manicures e costureiras também ficaram caros

Outros itens curiosos que tiveram alta de preço foram os serviços pessoais, como de manicure e costureira. Serviços de manicure tiveram alta de 13,87% nos últimos 12 meses e 9,66% no primeiro semestre deste ano. Já as costureiras aumentaram seus serviços em 8,94% em 12 meses e 4,34% no primeiro semestre.

“É um cenário complexo quando verificamos que no Pará e em Belém a maior parte da população ganha na faixa de um salário mínimo, então esse grupo sofre o maior impacto da inflação alta. Mas também o setor empresarial vai sentir, gerando menos empregos e serviços”, analisa o supervisor técnico do Dieese no Pará, Everson Costa.