Gás de cozinha já teve alta de quase 16% neste ano
Quando o período analisado é de 12 meses, de maio de 2020 a maio de 2021, a alta acumulada é de 30,15%
O preço do gás do botijão do gás de cozinha de 13 quilos comercializado em Belém já aumentou quase 16% neste ano, de janeiro a maio. Enquanto em janeiro o produto era encontrado, em média, a R$ 82,94, o valor passou para R$ 92,82 no mês passado, o que significa elevação de 15,86%. Entre abril e maio, por outro lado, a alta foi de 1,50%, já que a unidade do gás foi de R$ 91,45 para R$ 92,82. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese-PA).
Quando o período analisado é de 12 meses, de maio de 2020 a maio de 2021, a alta acumulada é de 30,15%. Em maio de 2020, o valor em média foi de R$ 71,32, o que acabou ficando mais de R$ 20 mais caro neste ano, já que o valor atual contabilizado pelo Dieese é de R$ 92,82.
Para construir o estudo, o Dieese se baseia em informações oficiais da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O gás de cozinha é o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), mas essa sigla também pode significar Gás Líquido Pressurizado. Esses nomes indicam a origem e algumas características do gás de cozinha, isto é, sua origem é o petróleo; ele está líquido dentro do botijão de gás; e é submetido a elevadas pressões.
No último domingo, 20, o presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para responder a um seguidor que o questionava sobre a alta no preço do gás de cozinha, segundo noticiou o site Jovem Pan. “Zeramos os impostos federais do gás de cozinha! Também ultrapassamos a distribuição de 110 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 para Estados e municípios. Continuaremos assim. Creio que não precisamos dizer de quem tem que cobrar sobre o preço do gás, pois certamente já sabe! Um forte abraço e seja feliz sempre”, escreveu o presidente.
No início de junho, o valor médio do botijão atingiu o maior preço deste ano. O produto deve ficar ainda mais caro nos próximos meses já que a Petrobras anunciou um novo reajuste que eleva o preço médio do botijão nas refinarias para R$ 44,20. Até chegar às casas dos brasileiros, este valor aumenta porque são somadas as fatias da distribuição e revenda, equivalente à 35,6%, e dos impostos estaduais (ICMS), que incidem em cerca de 14%.
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