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'Corremos o risco de perder competitividade, indústrias e empregos', diz Alex Carvalho sobre reforma

Em entrevista, o presidente da Fiepa explicou que a reforma tributária tende a nivelar os estados brasileiros, reduzindo vantagens competitivas regionais

Gabi Gutierrez

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Alex Carvalho, alertou que o Pará corre o risco de perder indústrias e empregos caso não se prepare antecipadamente para a nova regra da reforma tributária, que entrará plenamente em vigor em 2032. Segundo ele, a falta de estrutura e de políticas de atração de investimentos pode comprometer a competitividade do Estado no novo cenário nacional.

Em entrevista, Alex Carvalho explicou que a reforma tributária tende a nivelar os estados brasileiros, reduzindo vantagens competitivas regionais. Para o Pará, que ainda possui uma base industrial menos internalizada, o desafio é criar condições para manter e ampliar a industrialização antes da mudança.

“Se não estivermos estruturados até lá, corremos o risco de perder competitividade, indústrias e empregos. Temos tempo para fazer esse trabalho, mas ele precisa começar agora”, afirmou.

Como resposta a esse cenário, a FIEPA pretende lançar, em 2026, o programa “Mapa do Caminho até a Reforma Tributária”, que vai orientar empresários, executivos, contadores e advogados sobre as medidas necessárias para adaptação ao novo sistema.

De acordo com o presidente da federação, um dos pontos centrais dessa preparação está na regulamentação dos fundos de compensação e na correta aplicação dos recursos, que devem ser convertidos em atração de investimentos, ampliação da base industrial e manutenção dos empregos no Estado.

Alex Carvalho destacou ainda que a indústria representa o ponto final de uma cadeia produtiva que envolve desde a produção primária até a comercialização. Por isso, defender a indústria significa proteger todo o encadeamento econômico, garantindo geração de renda e desenvolvimento regional.