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Em um ano, preço da carne aumenta 37% em Belém

No último mês de abril, consumidor precisou desembolsar R$ 10 a mais, do que gastava um ano antes, para comprar o quilo do produto

Redação Integrada

O preço do quilo da carne bovina de primeira ficou cerca de R$ 10 mais caro, em um ano. Em abril do ano passado, o quilo do coxão mole/chã, cabeça de lombo e paulista era comercializado, em média, a R$ 25,64, nos açougues, mercados municipais e supermercados da capital. No mês passado, a mesma quantidade desses alimentos estava sendo vendida pelo preço médio de R$ 35,09, um aumento de 36,86%, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No mesmo período, a inflação foi calculada em 7,59% (INPC/IBGE).

Somente nos quatro primeiros meses deste ano, o aumento foi de 5,60%, contra uma inflação calculada em 2,35%. Em dezembro do ano passado, o quilo da carne era comercializado a R$ 33,23, em média. No mês seguinte, janeiro, estava sendo vendido a R$ 33,62, ainda de acordo com o Dieese. No último mês de abril, o quilo do coxão mole/chã, cabeça de lombo e paulista já custava, em média, R$ 35,09, nos estabelecimentos comerciais de Belém. Na comparação com março, o aumento é de R$ 0,72%.  

Na casa de Igor dos Santos, de 25 anos, o consumo de carne é alto, podendo ser de três a quatro vezes por semana. "Dependendo do valor da carne que a gente vai comprar. Não está muito fácil, tanto no meu negócio, e é de lá que eu tiro pra comprar", conta o jovem, que possui uma barbearia. Por causa dos últimos aumentos no preço do alimento e da queda no movimento do seu estabelecimento, Igor se vê forçado, algumas vezes, a substituir o produto. "Está cada vez mais cara. É difícil a gente encontrar, às vezes ainda encontra alguma com preço acessível, que dê pra comprar. Às vezes a gente compra frango e até ovo. A gente sempre tem ovo aqui na reserva, para fazer algum tipo de alimento. Antes era mais fácil colocar carne (na mesa). E era aqueles 'pratões' grandes mesmo. Hoje em dia não, a gente tem que selecionar o que vai ou não comprar", declarou. "A gente espera que melhore a situação. Não sei se vai baixar o valor da carne, mas melhorando a situação financeira que a gente está vivendo, vai melhorar o fluxo da minha barbearia", avalia. 

A produtora cultural Lany Cavalero, de 38 anos, não costuma consumir carne com tanta frequência. Justamente por isso, quando precisou comprar em grande quantidade se surpreendeu com o preço. "Realmente, aumentou muito. Esse final de semana eu fui fazer uma confraternização e foi churrasco e estava “pela hora da morte” o preço da carne. Mais de quarenta reais o quilo de cada carne boa. Então, realmente, é muito bizarro o valor que a gente está agora. Mas eu não deixei de comer carne ou diminui a quantidade por causa do aumento. Acabei absorvendo no meu orçamento esse aumento. Agora, também na minha casa, no dia a dia, eu como pouquíssima carne vermelha, talvez uma vez por semana. No geral, a gente come muito mais peixe, frango e às vezes porco. Mais um motivo também da gente não ter sentido tanto. Eu senti muito por causa do churrasco".

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