Em junho, gasolina ficou mais barata no Pará, segundo estudo da ValeCard
O etanol e o diesel S-10 também baratearam, com quedas de - 0,30% e -0,92%, respectivamente
A gasolina vendida nos postos de combustíveis do Pará teve uma leve redução durante o mês de junho. Segundo levantamento feito pela ValeCard, empresa especializada em meios de pagamento e mobilidade, o preço médio do litro no Estado passou de R$ 6,88 em maio para R$ 6,83 em junho, uma variação de -0,77%. O etanol também ficou ligeiramente mais barato, caindo de R$ 4,97 para R$ 4,95. Já o diesel S-10 foi de R$ 6,83 para R$ 6,77 no mesmo período.
Apesar da redução, os valores seguem elevados, e a queda nos preços, segundo motoristas, foi considerada modesta. "Não senti essa queda, talvez seja porque a redução foi muito pequena. Acho que a gasolina ainda está cara, principalmente para quem trabalha com o seu veículo, como eu", disse Paulo Costa, jovem de 25 anos que trabalha como motorista de aplicativo.
Nacionalmente, o recuo da gasolina foi ainda mais baixo, mesmo após a Petrobras anunciar, no início do mês passado, uma redução de R$ 0,17 no valor repassado às distribuidoras.
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Números nacionais
De acordo com o estudo da ValeCard, que analisou mais de 25 mil postos em todo o Brasil, a gasolina estava custando R$ 6,45 em maio e, em junho, passou a custar R$ 6,41, o que corresponde a uma redução de -0,74%. O etanol também foi vendido por um preço menor, passando de R$ 4,50 para R$ 4,44 (recuo de -1,27%). Por último, o diesel S-10 também barateou, saindo de R$ 6,38 em maio para R$ 6,28 em junho (queda de -1,50%).
O levantamento também apontou disparidades regionais: São Paulo segue com a gasolina mais barata do país, com preço médio de R$ 6,18 por litro. No extremo oposto, o Acre registrou o litro mais caro, chegando a R$ 7,62 — mais de R$ 1 de diferença. Para o diesel, o Rio Grande do Sul apresentou o menor preço médio, R$ 5,97, enquanto o Acre novamente aparece no topo, com R$ 7,55.
A discreta redução nos preços vem em meio a decisões do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). No último dia 25, o conselho aprovou o aumento do percentual de etanol misturado à gasolina de 27% para 30%, medida que começa a valer a partir de 1º de agosto. A mistura obrigatória de biodiesel ao diesel também será elevada de 14% para 15%.
"Acredito que o preço vá baixar mais agora com essa decisão do etanol e biodiesel. Estamos esperando por isso para diminuir o valor repassado para o consumidor", afirmou Leandro Capela, gerente de um posto de gasolina localizado na avenida Júlio Cezar, em Belém.
Para o diretor de Mobilidade e Operações da ValeCard, Marcelo Braga, as medidas do governo para reduzir o preço da gasolina podem acabar refletindo timidamente no bolso dos consumidores. “Atualmente, o etanol anidro representa cerca de 12,7% do preço final da gasolina vendida nos postos brasileiros. O restante é composto pela própria gasolina, além de impostos e margens de lucro de distribuidoras e postos. A efetiva redução nos preços ao consumidor final depende do repasse feito pelas distribuidoras, o que varia conforme a modalidade de compra do etanol adotada por cada companhia de distribuição", explica Braga.
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