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Congresso debate regulação ambiental e ferramentas para conservação da biodiversidade no Pará

Evento, organizado pelo Simineral e em sua segunda edição, se consolida como um dos principais fóruns de diálogo sobre o futuro do setor mineral estadual

O Liberal

Nesta segunda ocorreu o primeiro dia de debates da segunda edição do Congresso Técnico organizado pelo Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral) em parceria com a Semas (Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Governo do Estado). O evento continua durante toda esta terça, dia 24, debatendo a regulação ambiental e consulta prévia em busca de uma mineração sustentável no Pará.

O evento continua nesta terça, dia 24, no Porto Combu, e terá como debates, entre outros, os desafios das licenças ambientais para as comunidades tradicionais, com representantes da Funai e IBAMA. Participam representantes do setor mineral, autoridades públicas, especialistas e membros da sociedade civil para debates sobre os desafios e oportunidades de uma mineração mais equilibrada, transparente e comprometida com a preservação ambiental e o respeito aos povos tradicionais.

Diversas instituições estão participando, representando vários setores da sociedade, tais como Instituto Tecnológico Vale (ITV), SEMAS, ICMBio, SEDEME, IPHAN, FIEPA, IBAMA, IBRAM, FUNAI, Ministério Público Estadual (MPE), Agência Nacional de Mineração (ANM), Embaixada da Austrália, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), terceiro setor, Organização Internacional do Trabalho (OIT), além das empresas associadas ao Simineral.

Entre os temas, o Instituto Tecnológico Vale (ITV) trouxe um importante debate sobre uma tecnologia que o Brasil é pioneiro no desenvolvimento, o projeto Genômica da Biodiversidade Brasileira (GBB), que já alcançou marcos expressivos para o avanço da conservação da biodiversidade do país: 743 genomas de 413 espécies foram sequenciados, além de 432 amostras ambientais, ampliando as possibilidades e precisão de instrumentos para a preservação da fauna brasileira.

Os resultados inéditos desses dois anos do projeto, iniciativa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável (ITV DS), são voltados para a geração de códigos de barras de DNA, o sequenciamento genômico de espécies de interesse para a conservação e para a bioeconomia, e o uso de protocolos de DNA ambiental/Metabarcoding para o monitoramento da biodiversidade em Unidades de Conservação do país.

Até o final do projeto, a meta é possuir pelo menos 80 genomas de referência, 1.000 genomas populacionais e 1.600 códigos de barras de DNA. 

Para o presidente do Simineral, Anderson Baranov, o congresso destaca a importância do diálogo entre todos os atores da cadeia mineral. “Após o sucesso da primeira edição, esta nova etapa do congresso aprofunda temas decisivos para o futuro da mineração no Brasil, especialmente na Amazônia. O setor reforça seu compromisso com uma mineração que respeita a legislação, os territórios e os direitos das comunidades tradicionais, contribuindo para um modelo de desenvolvimento alinhado à sustentabilidade e à justiça climática.”

O II Congresso Técnico do Simineral é uma realização do Simineral em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), com patrocínio da Vale, Hydro, MRN, Bemisa e Alcoa. A iniciativa conta ainda com o apoio da Proactiva, Silveira e Athias, FIEPA, e o apoio institucional do Ibram.