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Belém é a 2ª cidade a receber usina solar fotovoltaica da Transpetro; investimento é de R$ 3,2 mi

Instalada no Terminal de Belém, planta solar fotovoltaica integra projeto nacional da Transpetro para descarbonizar operações na Amazônia e deve gerar economia de R$ 400 mil por ano.

Jéssica Nascimento

A Transpetro inaugura nesta quinta-feira (17/07), em Belém, a segunda usina solar fotovoltaica, capaz de suprir 100% da demanda energética do Terminal da empresa na capital paraense. Com investimento de R$ 3,2 milhões, a unidade integra o projeto "Terminal + Sustentável", que visa a tornar as operações da empresa mais limpas e eficientes, em especial na Amazônia, onde o impacto ambiental das atividades industriais é mais sensível.

Além da geração de energia limpa, o terminal investe em reuso de água e educação ambiental, preparando-se para receber visitantes durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em 2025. 

A Transpetro é uma empresa brasileira que atua como subsidiária da Petrobras, especializada em logística e transporte de petróleo, derivados, gás natural e biocombustíveis. Reconhecida como a maior empresa de logística multimodal de combustíveis da América Latina, a Transpetro opera uma ampla infraestrutura composta por terminais, oleodutos, gasodutos e navios, além de desempenhar atividades de importação e exportação.

Energia limpa para a Amazônia

Com potência de 300 kW — suficiente para abastecer cerca de 80 residências por ano — a nova usina solar instalada no Terminal de Belém torna o ativo totalmente autossuficiente em energia elétrica. A iniciativa representa a segunda experiência da Transpetro com geração solar em larga escala, após a instalação de uma planta semelhante no terminal de Guarulhos (SP).

“A usina vai evitar a emissão de 30 toneladas de CO₂ por ano. É um passo significativo no caminho da descarbonização das nossas operações”, afirma Flávio Godinho, gerente executivo de Operação de Dutos e Terminais do Norte, Nordeste e Sudeste da Transpetro. 

“Belém foi escolhida por estar no coração da Amazônia. Acreditamos que isso dá ainda mais peso ao nosso compromisso com a sustentabilidade”, disse Godinho ao Grupo Liberal.

Redução do uso de água doce

Outro destaque do projeto “Terminal + Sustentável” é a captação e reuso de água da chuva, já implantado na área administrativa do terminal, com economia estimada de 3,6 milhões de litros de água potável por ano

Na área industrial, o sistema deverá ser concluído até outubro, contribuindo para uma redução adicional de 1,3 milhão de litros.

A replicação dessa tecnologia em outras regiões do Brasil está em andamento, segundo Godinho. 

“Temos projetos avançados no Rio de Janeiro e no Nordeste, respeitando as condições climáticas e hídricas locais”, declarou o gerente executivo.

Formação de embaixadores da sustentabilidade

A Transpetro também está promovendo a capacitação de colaboradores do Terminal de Belém para atuarem como “embaixadores da sustentabilidade”, levando a agenda ambiental para além dos portões da empresa. 

O projeto envolve treinamentos, ações em escolas e visitas guiadas, com recursos como maquetes digitais e exposições holográficas.

“O orgulho de trabalhar em um terminal que está na vanguarda da sustentabilidade é algo que sentimos claramente entre os nossos empregados”, destaca Godinho.

Belém no centro das atenções rumo à COP 30

Com a COP 30, marcada para novembro de 2025 em Belém, a Transpetro planeja abrir as portas do terminal para delegações nacionais e internacionais. A empresa prevê receber grupos para visitas técnicas e debates sobre energias limpas, além de apresentar o projeto de forma interativa.

“O terminal de Belém será uma vitrine do que é possível fazer em termos de sustentabilidade no setor de óleo e gás. Queremos inspirar outras empresas a seguirem por esse caminho”, diz o executivo.

Próximos passos: foco na Amazônia

Ao Grupo Liberal, Godinho revelou que o próximo terminal a receber uma usina solar da Transpetro deve ser o de Coari, no Amazonas, atualmente em fase avançada de estudos. Localizado às margens do rio Solimões, o terminal representa um novo desafio logístico e ambiental. 

“Estamos priorizando os ativos na Amazônia porque entendemos o peso simbólico e estratégico dessa região”, afirma Godinho.

A meta da Transpetro é ampliar gradativamente o uso de fontes limpas e práticas sustentáveis em todos os terminais do país, consolidando um modelo que une viabilidade econômica — com retorno estimado de R$ 400 mil por ano em Belém — e impacto positivo para o meio ambiente.

Números do projeto em Belém

Potência da usina solar: 300 kW;

Capacidade de atendimento: 100% da demanda do terminal;

Investimento: R$ 3,2 milhões;

Economia estimada: R$ 400 mil/ano;

Redução de CO₂: 30 toneladas/ano;

Economia de água potável: 4,9 milhões de litros/ano;