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Aluguel de imóveis se mantém estável no Pará, mesmo com IGP-M em 7,30%

Segundo Conselho Regional de Corretores de Imóveis, cenário está mais favorável para quem precisa alugar

Keila Ferreira

O valor do aluguel de imóveis tem se mantido praticamente estável no estado do Pará, segundo quem trabalha no ramo, apesar do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), da Fundação Getúlio Vargas, ter registrado variação de 7,30%, de janeiro a dezembro de 2019.

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 12ª Região (Pará e Amapá), Jaci Colares, em bairros considerados nobres da capital, há imóveis com três quartos, sendo uma suíte, na faixa de R$ 1,8 mil a R$ 2 mil, fora condomínio. “As coisas vão melhorando, porque nós temos muito imóvel para alugar em Belém, muita oferta e pouca procura. Uns são mais exigentes, mas na hora de ajustar o preço, conseguem os descontos. Depende de cada proprietário”, ressalta.

Para Colares, o cenário deve ficar mais favorável para quem precisa alugar. “A economia está melhorando, as construtoras vão construir, os bancos vão financiar e é um bom sinal. A tendência é o preço do aluguel cair”.

Jaci diz que, atualmente, não é possível citar os bairros onde é mais fácil encontrar imóveis. “Onde se passa tem placa de aluguel”. Para ele, há situações em que os proprietários valorizam muito o imóvel e acabam tendo prejuízo, por não conseguir inquilino. “Se você tem um apartamento que vale R$ 2 mil, você cobra R$ 2 mil e fica três meses sem alugar, você tem prejuízo, porque paga condomínio, IPTU. É preferível diminuir um pouco”, avalia.

Segundo a corretora Hildenise Furtado, como o mercado imobiliário estava em baixa, a oferta de imóveis para alugar continua grande. “Apesar do setor começar a apresentar aquecimento, devido à necessidade de alugar, o locatário acaba ganhando poder de negociação e o proprietário recua no preço. Muitos estão mantendo os valores, ou seja, não estão reajustando pra manter o locatário, devido à oferta do mercado”, ressalta.

A professora Luísa Dantas, 35, começou a procurar apartamento para alugar, em Belém, no segundo semestre do ano passado, quando resolveu sair de Porto Alegre, onde morava, e conta que se surpreendeu positivamente. “Achei que os preços estavam razoáveis. Minha busca foi por apartamento de dois quartos no Reduto, Umarizal ou Batista Campos”, declarou Luísa, que após várias visitas encontrou um imóvel no valor de R$ 1.400, fora o condomínio, que é de R$ 455. “Eu percebi que não tinha uma atuação forte das imobiliárias, não sei se era porque já conhecia a cidade, mas eu ia diretamente nos lugares que achava interessante e a maioria não estava sendo anunciado, era aquela coisa mais informal, de perguntar na portaria e o porteiro tinha a chave ou contato do proprietário”, relata.

Pela pesquisa que fez, a professora conta que o valor médio do aluguel nesses bairros foi de R$ 1.500, fora condomínio, que em média era R$ 500. O imóvel que ela encontrou também estava R$ 1.500, mas ela conseguiu negociar e baixar R$ 100, no valor final. “Tem bastante oferta, mas alguns apartamentos são muito velhos, sem manutenção. Consegui negociar um desconto, porque no mesmo prédio tinha um outro apartamento para alugar”.

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