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Aluguéis residenciais ficaram 1,76% mais caros em agosto

Estudo da FVG avaliou que o indicador acumula alta de 10,41% em 12 meses

Daleth Oliveira

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar) registrou alta de 1,76% em agosto, acelerando em relação ao aumento de 1,05% registrado em julho. Os dados foram divulgados na terça-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Em Belém, a corretora de imóveis Franciele Minhoto explicou que reajustes estão acompanhando a taxa básica de juros, a Selic.

“Se a Selic sobe, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) sobe e, consequentemente, o aluguel fica mais caro. Ano passado, o reajuste chegou a quase 12%. Em Belém, acompanhei imóveis que ficaram R$ 400 mais caros, então foi um aumento bem significativo que pesa no bolso dos inquilinos”, explicou a profissional.

A pesquisa aponta que o acumulado da alta foi 10,41% em 12 meses. De acordo com o instituto, todas as cidades pesquisadas tiveram elevação na taxa de julho para agosto. O maior reajuste foi verificado em Belo Horizonte, com alta de 3,10%, seguido de Porto Alegre, com 2,63%. Rio de Janeiro registrou aumento de 1,15% e em São Paulo os aluguéis ficaram 1,04% mais caros em agosto.

Na comparação anual do acumulado de 12 meses, houve aceleração nas quatro cidades pesquisadas: São Paulo (de 8,99% para 10,53%), Rio de Janeiro (10,41% para 11,34%), Belo Horizonte (9,71% para 12,61%) e Porto Alegre (de 6,31% para 8,32%).

Franciele conta que, apesar do aumento, é possível negociar e ficar, quem sabe, até sem o reajuste. “Nos últimos meses, muitos inquilinos saíram das locações por não concordarem com o aumento, mas em contraponto, muitos proprietários também optaram por não seguir o IGP-M, reajustando abaixo do previsto, ou até mesmo não deram o reajuste. Há muitos proprietários flexíveis que acabam cedendo para inquilinos que pagam em dia o aluguel, têm renda fixa comprovada com contracheque ou imposto de renda. Ou seja, ele prefere não mexer muito nos valores por preferir ter essas pessoas nos seus imóveis”, ponderou.

É o caso do servidor público Felipe Alves. “Eu moro de aluguel há um ano e dois meses e ainda não tive um reajuste no preço do aluguel. Mas sempre pago em dia e até mesmo adiantado. Se o vencimento é dia 30, pago dia 26, por exemplo. Isso é para ele ter em conta que tem um bom inquilino. Além disso, eu não dou trabalho. Quando precisa fazer algo no apartamento, mesmo o proprietário sabendo que precisa, eu mesmo faço”, relatou.

Felipe acha que Belém está acima da média das outras capitais, em relação aos valores praticados pelo mercado imobiliário. Mas por experiência própria, garante que é possível conseguir um bom custo benefício. “Tem que pesquisar muito e avaliar onde está a sua necessidade. Eu preciso estar no centro e estou morando em um local que, em bairros mais distantes, custam o mesmo valor. Então valeu muito a pena e não penso em sair daqui, mesmo com reajustes”, finalizou.

O Ivar

O Ivar mede a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil, a partir do levantamento feito com base nos contratos de locação de quatro das principais capitais brasileiras. O objetivo da pesquisa é mensurar a evolução dos valores de aluguéis residenciais no Brasil levando em consideração os valores de transação, ou seja, com base em contratos de locação efetivamente firmados, sejam novos ou contratos renegociados e seus reajustes anuais.

Além disso, o levantamento tem a finalidade de oferecer um índice que reflita de maneira mais fiel a realidade do mercado imobiliário, e que sirva como bom balizador também para definição de políticas públicas.

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Economia
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