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Agronegócio ganha destaque na pauta de exportação do Pará

Produtos que tiveram os melhores resultados até outubro foram milho, animais e soja

Elisa Vaz

Os produtos que fazem parte do agronegócio paraense têm ganhado destaque na pauta exportadora. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) mostram que, no acumulado deste ano, entre janeiro e outubro, alguns itens tiveram crescimento superior aos 400%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, o setor responde por 10% de tudo que é exportado pelo Estado.

Zootecnista e diretor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Guilherme Minssen afirma que o agronegócio brasileiro hoje tem os produtos mais competitivos do mercado mundial. Entre os motivos que levaram ao crescimento está o preço, já que os itens produzidos localmente são baratos, diz ele. Além disso, outro fator importante é a qualidade da exportação.

"Nós não somos mais bem quistos por outro motivo. É por estarmos produzindo mais, melhor, em menor área e, principalmente, com muita qualidade. O Brasil hoje é visto por todo o mundo como celeiro para um planeta que completa oito bilhões de pessoas. Não tem outra área, nem outro clima, nem outro solo para produzir esse alimento na quantidade e, principalmente, na diversidade de produtos que o Brasil tem nos seus três biomas totalmente diferentes", destaca.

Alguns dos produtos que mais tiveram crescimento de janeiro a outubro no Pará foram o milho não moído (437%), que tem 15% de participação na pauta agropecuária; animais vivos (98,4%), com 5,4% de participação; e a soja (66%), que representa 73% de tudo que o Pará exporta na agropecuária. Na opinião de Minssen, a agricultura do Estado passou a ter destaque especial nos últimos anos, mais fortemente nos últimos meses. Na produção de soja e milho, existem regiões importantes no sul do Pará; no nordeste paraense, liderado por Paragominas; e no Baixo Amazonas, liderado por Santarém.

"São três polos bastante diferenciados, onde há vários imigrantes, principalmente do Rio Grande do Sul, que vieram com a tecnologia e com conhecimento da agricultura produzir grãos em áreas já antropizadas, onde não era preciso desmatar, mas eram áreas que já estavam degradada e que o boi não se pagava mais para recuperar essa área. Então, nós temos que voltar com a agricultura, não só na correção do solo, mas na adubação, no plantio e na colheita. Depois deles podemos voltar novamente à pecuária. O Código Florestal Brasileiro é o mais competente e mais importante hoje no mundo, ele é bastante restritivo para nós, mas está mostrando como o paraense consegue usar toda essa fortuna que tem de clima, de solo e de água doce para trazer uma coisa chamada comida", ressalta o zootecnista.

Para o restante do ano, o diretor diz que é necessário, "urgentemente", uma sinalização do governo eleito de que haverá segurança jurídica, tema que preocupa o setor. Segundo Guilherme, o segmento está "congelado", sem investimentos, com preços muito baixos, com sistema "paralisado". "É um momento em que estamos olhando como vai se movimentar a política e, principalmente, o judiciário do país, que trouxe uma insegurança muito grande para o setor rural, e onde hoje nós estamos observando quais os caminhos para onde vamos correr", adianta. Por isso ele acha que a situação até o final de 2022 será de cautela.

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