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À moda da casa

Pizza se adapta a diferentes culturas e conquista paladares em todo o mundo

Fabrício Queiroz

Uma massa em formato redondo coberta com molho de tomate, bastante queijo e inúmeras de combinações de ingredientes. A receita básica da pizza hoje é difundida em todo o mundo, mas para chegar ao status de um alimento universal foram percorridos cerca de 6 mil anos de história.

O senso comum relaciona às pizzas à cultura alimentar italiana, mas relatos históricos dão conta que a origem, na verdade, é egípcia. Na época, uma fina massa parecida com o pão sírio já era consumida na região, onde era denomina “piscea”. Só na Idade Média que a pizza chegou à Itália e passou a fazer parte da culinária local. A principal referência ainda hoje é a cidade de Nápoles, terra da legitima pizza napolitana e onde ainda funciona a pizzaria mais antiga do mundo, fundada em 1738.

No Brasil, os primeiros registros da pizza são do início do século XX e, desde então, ela ganhou o país. Em Belém, a pizza conquistou lugar cativo entre os pratos preferidos da população e, por isso, empreendimentos nesse ramo já tem um grande público-alvo em vista. Mas para se destacar em meio à concorrência, é importante sair do trivial seja em relação aos sabores oferecidos no cardápio ou em relação à experiência de atendimento. A identidade própria do negócio fortalece a marca que tem mais chances de conquistar o público.

Com essas ideias em mente, Fernando Cavalcante, 41 anos, resolveu investir em uma pizzaria há dois anos. Natural do estado do Ceará, ele viveu na capital paraense durante a adolescência, retornou para Fortaleza e há seis anos vive novamente no Pará. A distância geográfica, no entanto, não afasta Fernando de suas raízes nordestinas, que elegeu como mascote do negócio um animal típico da vida na região: o jegue.

Segundo o empreendedor, este é o símbolo de uma experiência que extrapola as bordas da pizza. “Surgimos no meio da pandemia, com a proposta de levar um pouco de amor em um momento tão difícil que estávamos vivendo, com a identidade do jegue, que é brincalhão, extrovertido, louco e muito carismático. Não vendemos pizza, vendemos momentos!”, afirma Cavalcante.

A trajetória do migrante em trânsito entre duas regiões com identidades tão fortes e que também trabalha com um produto de apelo universal, se faz presente também no cardápio do estabelecimento. Além de sabores tradicionais em diversas pizzarias, como marguerita, portuguesa, mista, calabresa e quatro queijos, o empreendimento aposta em receitas que evidenciam o paladar típico. O carro-chefe da casa, por exemplo, leva carne de sol e pimenta biquinho. Há também pizzas que surgiram de sugestões de clientes do local, que ostenta essa relação particular com os consumidores.

“Prezamos sempre pela qualidade dos produtos, pelos profissionais incríveis que estão trabalhando conosco e pelo retorno de nossos clientes”, pontua Fernando Cavalcante, que ressalta o valor que dá ao atendimento. “Nossa estratégia é de manter o padrão de qualidade e harmonia com os clientes, sem olhar eles como clientes e sim como parceiros do nosso estabelecimento. A resposta disso é vista no amor recebido pelas crianças, adultos e idosos. Todos se contagiam com a magia do jegue”, diz.

O feedback positivo, contudo, não envaidece Fernando Cavalcante que sabe que mesmo em um empreendimento de sucesso é importante estar atento à melhoria constante de todo o processo. “De vez em quando encontramos espinhos no caminho, mas isso serve pra nos espetar e espertar para que os erros não se repitam. Tudo serve de lição e levamos muito a sério essa crítica construtiva, fazemos treinamentos semanais e revisamos em reuniões com cada setor da empresa”, destaca o empreendedor.

Dia da Pizza