Tiane Melo, do 'Manga Poética, indica três obras paraenses

Tiane Melo, de 29 anos, é a administradora e criadora da página no Instagram @mangapoetica. Repleto de frases e expressões tipicamente paraenses, o perfil se tornou um empreendimento de vestuário regional, o qual chegou até em terras europeias. “Eu tinha vários poemas com a temática paraense, e aí na pandemia foi uma válvula de escape. Aos poucos fui mudando a roupagem pra criação de memes”, diz.

Criado a partir do desejo em dividir os poemas que escreveu, Tiane criou esse espaço para compartilhar vivências paraenses, e atualmente conquista mais de 115 mil seguidores. 

Hoje, 16, a também acadêmica de História veio ao O Liberal dar três indicações de obras e artistas paraenses, que na opinião dela, valem a pena conhecer.

Em primeiro lugar está o livro “Flor de Gume”, da paraense Monique Malcher. A escrita traz trinta e sete prosas que contam a história de três gerações de mulheres fortes. A escritora traz à tona as dores de meninas, mães e avós, nos cenários das ruas e águas do Pará. O livro foi o grande ganhador do Prêmio Jabuti 2021, na categoria conto. “As palavras desse livro me atravessaram a alma, pois trazem à tona a força das mulheres do norte, misturando sentimentos e forjando emoções”, revela Tiane.

Como segunda indicação, a influenciadora indica outro livro, do escritor paraense Felipe Cruz, a obra “Você nunca fez nada errado”. A escrita é reconhecida pela forma que transita entre diversos gêneros literários, incluindo o relato, ensaio, crônica e autobiografia. A história narra a história do próprio escritor e sua vivência ao descobrir que tinha HIV. Além de trazer a convivência com amigos e familiares após a descoberta. “É um misto de potência e sensibilidade pura, vale a pena mergulhar nas linhas desse livro”, afirma a pedagoga.

Já como terceira indicação para conhecer e curtir no cenário da música paraense, Tiane indica as músicas da Banda Reggeatown. grupo formado por Bruno Rodriguez, Bráulio Habib e Lelo. A união entre os integrantes da banda resulta no reconhecimento como uma das mais influentes no gênero “reggae” no estado. Na opinião da pedagoga, a canção que não para de tocar entre as suas favoritas é a chamada “Cheiro de Incenso”, que faz parte do álbum “Aura Sessions”, lançado em 2017. A música fala de saudade e a falta de um grande amor que não é mais presente. “Eles também fazem versões de músicas, um exemplo é a versão de “20 Ligações”, do Baco Exu do Blues. Eles estão no spotify e também lançam vídeos semanais no Instagram”, confirma ela. 

(Estagiária Painah Silva, sob supervisão da Coordenadora de Conteúdo de Cultura, Sonia Ferro)