STJ concede liminar e revoga prisão preventiva do rapper Oruam
Cantor foi preso após confronto com a polícia no Rio; ele é acusado de sete crimes

O rapper Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, teve a prisão preventiva revogada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta sexta-feira (26/7). O cantor estava preso desde o dia 22 de julho, no Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro.
A decisão do STJ é provisória e foi concedida por meio de uma liminar, que libera o artista até o julgamento final do recurso apresentado pela defesa. Oruam deverá cumprir medidas cautelares alternativas, conforme o artigo 319 do Código de Processo Penal.
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Apesar da decisão, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio informou que ainda não havia sido notificada oficialmente, e por isso o cantor seguia preso.
Prisão e indiciamento
Oruam foi indiciado por sete crimes, entre eles: tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência, desacato, ameaça, dano ao patrimônio e lesão corporal. A prisão ocorreu após uma ação da polícia na casa do artista, no bairro Joá, Zona Oeste do Rio.
Segundo a Polícia Civil, o cantor teria tentado impedir a apreensão de um adolescente de 17 anos, procurado por envolvimento com o tráfico e roubos de veículos. Durante a abordagem, houve confronto, e pedras teriam sido lançadas contra os agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). O menor conseguiu fugir com ajuda de amigos, entre eles Oruam, de acordo com a polícia.
Oruam é filho de Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, preso por homicídio, tráfico e formação de quadrilha. Ele é apontado pelo Ministério Público como um dos chefes do Comando Vermelho, facção criminosa do Rio de Janeiro. O rapper também possui tatuagens em homenagem ao pai e ao traficante Elias Maluco, condenado pela morte do jornalista Tim Lopes.
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