MENU

BUSCA

Roberta Carvalho, diretora artística da NAVE fala sobre Amazônia, carreira e detalhes do Rock in Rio

A artista visual possui obras em acervos e já assinou exposições e festivais

Emanuele Corrêa

A artista visual, multimídia e diretora artística Roberta Carvalho desenvolve trabalhos e pesquisas com intervenções urbanas e ligadas à cultura e arte paraense. Mestra em artes visuais pela Universidade Estadual Paulista, possui obras em acervos e já assinou exposições e festivais. Atualmente Roberta é a diretora artística da NAVE, projeto da Natura e Rock in Rio de experiência multissensorial, que irá levar a Amazônia para a cidade do rock, no Rio de Janeiro, por meio de shows, projeções e outras experiências sensoriais e contou com exclusividade a equipe da Redação Integrada de O Liberal os detalhes.

VEJA MAIS


5. Como você se sente representando a Amazônia e o que espera com esse espaço?

É uma enorme responsabilidade, mas como ensina a ancestralidade, o sentido da vida se faz na coletividade. Mostrar a força, atualidade e importância da arte produzida na Amazônia. A nossa região abriga cerca de 40% da floresta tropical remanescente do mundo e 25% da biodiversidade existente no planeta. O equilíbrio climático do planeta passa pela preservação da floresta amazônica. Dentro dessa floresta existe gente, uma diversidade de culturas, saberes e formas de viver. A NAVE pretende desconstruir os estereótipos reducionistas sobre Amazônia e construir percepções empáticas sobre a potência da região, a partir de um olhar de multiplicidade: são muitas Amazônias. Preta, coletiva, originária, mas ao mesmo tempo é pop, contemporânea, é o tecnobrega, a cultura que pulsa na periferia das cidades.


6. Como estás e como te vês daqui a 5 anos?

Ocupo meu tempo dedicada aos projetos que desenvolvo. Nem sempre foi assim. Já precisei trabalhar com outras coisas para poder sustentar o meu fazer artístico. Até o final do ano, além do Rock in Rio, tenho exposições nacionais e internacionais e mais alguns projetos que vão ser lançados esse ano, entre eles, uma edição novíssima do Festival Amazônia Mapping. Daqui a 5 anos quero estar com saúde e energia para continuar a fazer arte, pesquisar e experimentar. A arte nos possibilita renovar nossas formas de ver o mundo. A arte é a minha forma de estar no mundo, é minha maneira de viver, enquanto eu estiver aqui, quero poder fazer isso.

Cultura