Projeto no bairro da Pedreira vende livros a preços populares e ajuda na democratização da leitura
O paraense Aguinaldo Rosa há dez anos transformou a garagem de casa em uma livraria e decidiu possibilidade o acesso à obras literárias para crianças, adolescentes e adultos
A paixão pelos livros e a vontade de democratizar o acesso à leitura fez o pedagogo Aguinaldo Rosa criar na garagem da própria casa uma livraria, no bairro da Pedreira, em Belém. O projeto “O Clube Amigo do Livro” abriga cenas de obras literárias dos mais variados gêneros e autores, que podem ser adquiridas a um preço popular. Criada em 2013, o espaço resistiu às barreiras que surgiram ao longo do tempo, como a popularização dos livros digitais, e continuou “alimentando” uma geração de crianças, adolescentes e adultos fascinados por tocar e sentir os livros físicos.
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Mas o que o livreiro sempre quis foi aguçar a curiosidade e fascinação dos pequenos para a literatura. Como trabalhou anos ministrando aulas, Aguinaldo percebia que, apesar das escolas conterem bibliotecas, muitas ofereciam livros que interessavam às crianças.
“Muitas tinham vontade de ler, mas infelizmente a gente não encontrava livros bacanas, porque as bibliotecas não tinham um olhar voltado para o leitor. Muitas vezes as escolas tinham voltado a elas, com livros do Carlos Drummond de Andrade, o que ainda não está no nível das crianças”, acrescentou Aguinaldo sobre o que fazia com que os alunos se afastasse dos espaços.
Para Aguinaldo, uma das suas funções sociais sempre foi colocar bons livros para que as pessoas pudessem ler e terem acesso de uma forma justa, economicamente falando. Ele sabe que a educação é a “chave” para muitas crianças mudarem de realidade, e, se tornarem futuros médicos, advogados e professores.
“Eu me sinto maravilhado em saber que posso ajudar. É edificando como ser humano fazer parte dessa transformação. Acho que todos nós devemos semear o amor, o bem”, declarou sobre se sentir bem ao facilitar o acesso à leitura a tantas pessoas.
Saiba como ajudar o projeto
Aguinaldo afirmou que todos os livros vendidos são novos e foram adquiridos diretamente com as editoras. Mas, o livreiro também depende de boas ações e doações para manter o acervo.
“Tem obras que eu não tenho condições de adquirir por serem muito caras. Então, tem gente que adora fazer boa ação, o que eu acho uma coisa bonita, e doa alguns livros para mim, fico admirado”, acrescentou, dizendo que estas doações podem ser feitas presencialmente no espaço, localizado na Travessa Lomas Valentina.