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Pará tem filme escolhido para participar de Festival de Cinema

Foram selecionados 33 filmes de curtas-metragens de diversos Estados brasileiros que serão exibidos gratuitamente e fará passeio entre as periferias do Brasil

O Liberal

Exibir produções brasileiras de todas as regiões do País é um dos principais objetivos do Olhar Periférico Festival de Cinema, que começou na segunda-feira (02) e vai até o dia 15 de agosto. O festival reúne de forma online 33 curtas-metragens de diversos estados brasileiros, selecionados entre mais de 500 filmes. Vale destacar que o Olhar Periférico ganhará uma mostra cult de filmes convidados que trazem um recorte das principais produções brasileiras das periferias. Entres eles Cidade de Deus – 10 anos depois que mostra as transformações vividas pelos atores do longa na última década. As mostras serão transmitidas gratuitamente através da plataforma “#culturaemcasa (https://culturaemcasa.com.br/). O Pará estará sendo representado pelo documentário “VRÁAA” de Caio de Jesus e Xuryu Gonçalves.

Segundo o diretor do Festival, Eduardo Santana, “o Olhar Periférico surgiu de um projeto da gestora cultural Monica Trigo, que pesquisava a efervescência criativa das atividades nas periferias do Brasil. Ela propôs a realização de um festival de cinema que mostrasse a potência desses trabalhos e eu introduzi o Sarau trazendo a cultura em todos os seus leques, como música, literatura e performance. Assim nasceu o Olhar Periférico. Mas queríamos mais: ampliamos e introduzimos ao festival a exibição de obras premiadas de longa-metragem para estabelecer a interface entre os produtores periféricos e realizadores consagrados que mostram e dialogam com as periferias”, explicou.

Para o diretor, a importância de eventos como esse vai além da arte. “Os festivais de cinema são portas de entrada para diversos realizadores e janelas importantes de difusão dos trabalhos, principalmente os filmes de curtas-metragens, já que não tem o seu merecido no circuito das salas de cinema e TVs abertas. O Olhar Periférico tem o objetivo preencher essa lacuna”, afirmou.

O Festival foi dividido por olhares e por representatividade com foco nas mulheres (Olhar Feminino), nos jovens (Olhar Jovem), nos temas LGBTQIA+ (Olhar Diversidade) e nos demais grupos (Todos os Olhares). “Foi uma forma de democratizar a pluralidade dos olhares em Mostras Competitivas. Convidamos oito longas-metragens que retratam as periferias do Brasil, que tiveram uma exitosa carreira nos mais renomados festivais de cinema do país (Olhar Cult), para exibição fora de competição. Propusemos um Sarau nessa primeira edição com oito artistas entre poetisas, escritores, rappers, cordelistas, cantoras e ativistas, num encontro criativo no espaço virtual num formato de um grande evento presencial”, explicou.

De acordo com o diretor, o Festival aconteceria de forma presencial, mas “optamos pelo formato possível, o online, e também pela experiência de transportar a exibição para todo o território nacional, onde houver internet. Mas esperamos que em 2022 o Olhar Periférico seja realizado no formato hibrido com sessões presenciais e online, pois a experiência de uma sala de cinema é fundamental para mergulhar nas histórias que estão sendo contadas e a troca presencial enriquece essa experiência”, confessou.

O projeto, que foi contemplado pela Lei Aldir Blanc, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, tem entre os filmes escolhidos um documentário paraense. O filme “Vráaa”, tem roteiro e direção de Caio de Jesus e Xuryu Gonçalves. Eles contam a história de uma moradora do Bairro do Guamá, que se criou e viveu a maior parte de sua vida na periferia onde diz ser o seu lugar. Após o resultado final, Eduardo celebra “o momento é de alegria! Reunimos 33 obras das cinco regiões do país, em um universo de 503 inscritos. Uma participação grande, com obras de narrativas fortes que mostra o quanto é necessário termos espaços consolidados”, concluiu.

 

 

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